Mestrado em Sustentabilidade e Tecnologia Ambiental
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Navegando Mestrado em Sustentabilidade e Tecnologia Ambiental por Programas e cursos "Mestrado em Sustentabilidade e Tecnologia Ambiental"
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- ItemA abertura do mercado livre de energia via comercializador varejista sob a ótica da sustentabilidade: certificado de energia renovável, economia e calculadora de viabilidade(2024-04-26) Matos, Thiago Filipe de; Doutor Ricardo Carrasco CarpioO mercado livre de energia brasileiro permite, desde 1999, a negociação de preços de energia entre agentes geradores, comercializadores e consumidores, desde que alguns requisitos regulatórios sejam atendidos, o que criou um nicho de mercado restrito às empresas de médio e grande porte. Em 2022, o Ministério de Minas e Energia publicou a Portaria nº 50 de 2022, garantindo o direito a todos os consumidores de alta tensão (grupo A) de poderem migrar para o ambiente de livre contratação desde janeiro de 2024. Devido a essa autonomia, novas empresas podem ter acesso à energia limpa, renovável, sustentável, certificada e com zero emissão de carbono, além de reduzirem significativamente seus custos financeiros com energia elétrica. Porém, a legislação do setor e os métodos para se calcular os ganhos financeiros são pouco disseminados e de difícil compreensão para quem não é da área de comercialização de energia. Dessa forma, essa dissertação tem por objetivo explicar como uma empresa pode reduzir seus custos no consumo de energia e zerar suas emissões de CO2 nesse segmento, através do Certificado de Energia Renovável. Essa oportunidade está aderente ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável nº 07 da Organização das Nações Unidades e às melhores práticas ambientais, sociais e de governança. Dois artigos são apresentados neste trabalho como capítulos. O primeiro artigo, no capítulo 2, aborda o que é o certificado de energia renovável (REC) por meio de uma revisão sistemática da literatura. A certificação do consumo de energia elétrica proveniente de fontes renováveis permite às empresas zerarem suas emissões de gases do efeito estufa. O segundo artigo, no capítulo 3, explica a nova legislação, os critérios e cálculos para aquisição de energia renovável no mercado livre de energia, através do comercializador varejista. Uma metodologia de cálculo com fórmulas matemáticas é apresentada com o intuito de simplificar e popularizar o conhecimento. Por fim, complementado o estudo apresentado, é apresentado um Produto Técnico-Tecnológico (PTT): um programa de software desenvolvido em Python, denominado Calculadora Mercado Livre, para aplicar o conhecimento apresentado através de um sistema acessível e que gera um estudo a partir de dados inseridos pelo usuário e tarifas homologadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) automaticamente atualizadas.
- ItemClima e saúde: dengue versus parâmetros meteorológicos em Formiga-MG(2024-09-25) Silva, Geisiane Aparecida da; Doutora Fernanda Morcatti Coura; Doutor Fulvio CupolilloO presente estudo teve como objetivo geral avaliar a influência da temperatura e da precipitação na incidência da dengue no município de Formiga-MG no período de 2014 a 2023. A determinação do número de casos positivos, assim como a sua distribuição em relação a variáveis sexo, faixa etária, critério de confirmação, classificação final, hospitalização e evolução da doença, foi conduzida com dados extraídos do SINAN. As informações semanais acerca da precipitação e temperatura foram obtidas do INMET. O estudo constituiu em um enfoque epidemiológico descritivo, retrospectivo e longitudinal. A modelação sazonal apresentou valor positivo para o componente seno (0,27352), indicando que a incidência de dengue em Formiga apresentou altas das semanas 17 a 20 de cada ano, correspondendo ao final de abril e dois primeiros decêndios de maio, meados do outono, padrão confirmado nos dois momentos de maior alta histórica, próximos às epidemias nacionais, cujos picos foram de março a abril de 2015 e abril a maio de 2019. O modelo de regressão linear múltipla foi pouco significativo [p=0,004; R2ajustado = 0,035; AIC = 3657,85], assim como a regressão de Prais-Winsten com correção robusta de White [p=0,562; R2ajustado = 0,005]. Esta, no entanto, apresentou melhor ajuste [AIC = 2394,03]. Os modelos indicaram que houve associação, porém pouco significativa, entre as variáveis climáticas e a incidência da dengue, com picos de incidência registrados aproximadamente 16 semanas depois dos períodos de máxima temperatura e pluviosidade, ocorrendo no outono e com um padrão sazonal, resultado também verificado pela correlação de Spearman [0,373]. Ainda na regressão de Prais-Winsten, a precipitação teve um coeficiente de -0,005 e a temperatura média compensada de -0,010, sugerindo uma leve diminuição na incidência em momentos de aumento das variáveis e posterior aumento da incidência com o mencionado atraso em relação às altas das variáveis. A associação pouco significativa indica um caráter mais estacionário da doença em Formiga, constatado nos resultados da tendência temporal, que indicou longos períodos com poucos ou nenhum caso, resultando em uma linha de incidência sem, necessariamente, picos significativos em todos os momentos de alta nas variáveis climáticas. Foram feitos os correlogramas das funções de autocorrelação (ACF) e o correlograma da autocorrelação parcial (PACF) da série temporal, considerando apenas 5 lags no ACF e 2 lags no PACF. O modelo indicou previsão de crescimento no número de casos de dengue a partir da primeira semana de 2024, alcançando o pico e a estabilização na semana 33 e se aproximando desse pico já na semana 17, meados do outono, condizendo com o observado nos modelos anteriores. Concluiu-se, portanto, que há associação, embora pouco significativa, entre a incidência da dengue e as variáveis climáticas temperatura e precipitação, com atraso de aproximadamente 16 semanas dos picos de incidência em relação às altas das variáveis. Por fim, foi apresentado como Produto Técnico / Tecnológico um Material Didático voltado ao Ensino Fundamental I intitulado “A Nossa Turma Contra a Dengue”, cujo conteúdo objetivou informar e conscientizar os alunos a serem agentes naturais contra a dengue e seu agente transmissor.
- ItemContribuições dos jardins botânicos brasileiros para a conservação das abelhas sem ferrão: diagnóstico e plano de ação(2023-08-23) Carmo, Sabrina Silva Alves do; Doutora Ariane Flávia do NascimentoJardins botânicos são instituições comprometidas com a conservação ambiental, a pesquisa científica e a educação ambiental. Tais vocações são inerentemente focadas na flora, mas também podem colaborar com a proteção de outros grupos da biodiversidade. É o caso das abelhas sem ferrão (ASF) , principal grupo de polinizadores da flora brasileira. Considerando que esta é uma vocação secundária dos jardins botânicos e em uma tentativa de compreender de quais formas tal vocação pode ser explorada, a presente pesquisa realizou um diagnóstico das principais práticas com foco em abelhas sem ferrão que são executadas por jardins botânicos brasileiros na atualidade. A revisão sistemática mostrou que a produção científica sobre ASF dentro de jardins botânicos é incipiente e há uma necessidade de se investir e divulgar os jardins botânicos como espaços úteis propícios para levantamento de espécies, assim como estudos de polinização e forrageamento. O diagnóstico revelou que há 50 jardins em funcionamento no Brasil atualmente, sendo que a maior parte deles se encontra na região litorânea, nos estados do Sudeste e no domínio da Mata Atlântica. Entre os 28 jardins que participaram do diagnóstico por meio de questionário, 71% declararam já realizar alguma ação com ASF. A maioria possui levantamento das abelhas sem ferrão que ocorrem dentro do jardim (67%) e oferta atividades educativas sobre essas abelhas (53%). Há 23 jardins com meliponários educativos em funcionamento. Por outro lado, verificou-se que os jardins precisam avançar em outras práticas, por exemplo, 78% não investem na capacitação de equipe para o tema; 78% não possui critérios de aplicação de produtos fitossanitários com vistas a proteção de ASF e 67% não estão envolvidos com projetos de conservação de abelhas locais. Os dados gerados no diagnóstico embasaram o desenvolvimento de um plano de ação de referência para jardins botânicos brasileiros dentro dessa temática, que oferece um conjunto de 28 indicações de ações que tais instituições podem implementar para atuar em favor da conservação de abelhas sem ferrão em curto, médio e longo prazo.
- ItemDiagnóstico climatológico do Monumento Natural Estadual Pico da Ibituruna(2024-12-20) Andrade, Rosane Nalon de; Doutor Fúlvio CupolilloA presente pesquisa teve como objetivo realizar o diagnóstico climatológico do Monumento Natural Estadual Pico da Ibituruna (MONAE), unidade de conservação localizada em Governador Valadares/MG. Trata-se de um trabalho inédito, que foi conduzido com base na análise de fatores climáticos como latitude, altitude, continentalidade, maritimidade, massas de ar e elementos climáticos como precipitação e temperatura. Os dados foram trabalhados de forma decendial no período de 2005 a 2022. Como não existe estação meteorológica na unidade de conservação, os dados de precipitação foram obtidos do grupo Climate Hazards Infrared Precipitation with Stations (CHIRPS). Para os dados de temperatura, optou-se por aplicar o seguinte critério físico: “a temperatura na troposfera cai rapidamente com a altitude, numa razão média de 6,5°C/km ou 0,65°C a cada 100 metros”. Para a área urbana de Governador Valadares, utilizaram-se dados das estações pluviométricas da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e meteorológica do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET). Por meio do método proposto por Thorthwaite e Matter (1955), adaptado por Rolim et al. (1998), desenvolveram-se gráficos de balanços hídricos climatológicos decendiais do INMET, ANA e MONAE, com o objetivo de diagnosticar os excedentes e deficiências hídricas. Para identificar a espacialização das precipitações e temperaturas, utilizou-se o programa ArcGis 10.5, e, para caracterizar os aspectos dinâmicos, o programa Grads 2.0. Como resultados, observou-se que os excedentes hídricos com maiores volumes para a área urbana foram registrados no 2º decêndio de dezembro, enquanto, para o MONAE, no 3º decêndio de novembro. Puderam ser constatados veranicos climáticos em janeiro e fevereiro na área urbana; já no MONAE, ocorreu uma queda abrupta na precipitação, todavia, não se considerou como veranico. Na espacialização das chuvas e temperaturas no MONAE, detectou-se o maior volume de precipitação no 1º decêndio de dezembro, e, na área urbana, no 2º. As maiores temperaturas foram registradas em todos os decêndios de janeiro, fevereiro e 1º de março, para as duas áreas estudadas. Os sistemas atmosféricos como Zona de Convergência da América do Sul (ZCAS) e Alta da Bolívia (AB) são responsáveis pelas intensas chuvas em dezembro e janeiro; já os sistemas que causam ausência de precipitação são: Anticiclone Subtropical do Atlântico Sul (ASAS) e Cavado do Nordeste (CN). Foi possível concluir que os sistemas atmosféricos atuantes no MONAE têm influência na estação chuvosa, que se inicia em outubro e vai até o mês de março, e na estação seca, que começa em abril e finaliza em setembro.
- ItemPrograma de resíduos sólidos da fundação nacional de saúde em Minas Gerais: diagnóstico, limitações e potencialidades(2024-07-05) Valarini Filho, Luís; Doutor Hygor Aristides Victor; Doutor Bernardo Aleixo de Souza CruzDiante dos déficits ainda existentes nas gestões de resíduos sólidos (RS), somado à ausência de efetividade das políticas públicas, o presente trabalho buscou fazer uma abordagem dessas temáticas tendo por base o Programa de Resíduos Sólidos da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) em Minas Gerais (MG), voltado principalmente para municípios de pequeno porte com população até 50 mil habitantes. A gestão de RS está ligada às agendas de Meio Ambiente e Saneamento Ambiental, estando ainda em consonância aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Dessa forma, foi realizada uma análise do contexto nacional referente às políticas públicas de RS à luz da Política Nacional de RS (PNRS) por meio de uma revisão sistemática, de forma a compreender as limitações e potencialidades destas e contextualizar o Programa de RS da Funasa em MG no cenário nacional. Em seguida, foi realizado um diagnóstico desse Programa, incluindo análise das suas limitações e potencialidades, além da verificação da existência de condicionantes de acesso ao programa por parte dos municípios mineiros. De modo geral, verificou-se que ainda existem diversos desafios de efetivação de políticas públicas de RS especialmente no campo empírico-prático, sendo esta a dificuldade central do Programa da Funasa aqui analisado. A PNRS foi considerada um Marco Legal inovador e moderno, enfatizando sobretudo a hierarquização definida por esta lei referente à Não Geração, Redução, Reutilização, Reciclagem, Tratamento e Disposição Final de rejeitos. Porém, essa metodologia ainda não foi implementada de forma efetiva pelas gestões municipais. Frente ao exposto, ao final deste trabalho foi proposto um Produto Técnico Tecnológico correspondente a um Procedimento Operacional Padrão, objetivando apoiar as gestões municipais, principalmente, de pequeno porte, tanto no planejamento de forma integrada quanto no acesso a recursos públicos federais como no caso do Programa da Funasa.
- ItemUso de suspensão homogênea à base de Lithothamnium calcareum para produção de mudas de maracujá(2024-08-30) Alves, Julimara dos Reis Oliveira; Doutora Ana Cardoso Clemente Filha Ferreira de Paula; Doutor Paulo César de MeloO Brasil lidera a produção mundial de maracujá, no entanto, os pequenos e médios agricultores brasileiros enfrentam problemas relacionados à baixa qualidade das mudas utilizadas na implantação de seus pomares e práticas, muitas vezes, inadequadas de cultivo. Deste modo, tornamse interessantes o desenvolvimento e o emprego de técnicas de obtenção de mudas vigorosas, que gerem pomares rentáveis, além de contribuírem para a promoção da sustentabilidade e valorização da agricultura familiar. O objetivo deste trabalho foi estabelecer a melhor dose de bioestimulante à base de alga Lithothamnium calcareum para a produção de mudas de maracujá BRS Gigante Amarelo. O delineamento foi em blocos casualizados, e o experimento foi composto por 4 tratamentos nas doses de 3, 6, 9 e 12 mL/L de bioestimulante em floating contínuo, e o grupo controle contendo apenas solução nutritiva. Foram avaliados o número de folhas, o comprimento de terceira folha, a altura de mudas, a massa fresca e seca de raiz e a parte aérea, o comprimento de raiz, o teor de açúcares totais, os compostos fenólicos e os nutrientes foliares. A dose de 6 mL/L do produto se mostrou mais eficiente até os 20 dias após o transplantio, contribuindo para altura, o comprimento da terceira folha e para o aumento dos índices de fenóis até o 13° dia de transplantio, bem como para o aumento dos níveis de açúcares na parte aérea e na raiz aos 31 DAT. Também foi responsável pela maior eficiência agronômica no acúmulo de nutrientes como Ca, N, Zn, Mn e Fe. A dose de 3 mL/L demonstrou melhores resultados para altura e comprimento da terceira folha avaliados após os 20 dias de transplantio, além de ter promovido maior eficiência agronômica para a assimilação de B, S, P, K e Mg aos 31 DAT. Para o acúmulo de açúcar na parte aérea, esta dose foi melhor até o 13° dia de transplantio. Portanto, recomenda-se o uso do produto Ultra Litho Max para a produção de mudas do maracujá BRS Gigante Amarelo devido aos seus efeitos benéficos relacionados ao desenvolvimento, precocidade, qualidade e nutrição das mudas.
- ItemVespas sociais (Vespidae: Polistinae) em unidades de conservação do cerrado e da Caatinga, Minas Gerais, Brasil(2024-04-03) Francisco, Sheliane Cristina Coelho; Doutor Gabriel de Castro Jacques; Doutor Marcos Magalhães de SouzaO Parque Nacional Grande Sertão Veredas, norte de Minas Gerais, inserido no Cerrado, hotspot mundial, carece de informações sobre a comunidade de vespas sociais, insetos que desempenham inúmeros serviços para o funcionamento dos ecossistemas. Portanto, o objetivo deste estudo foi realizar um inventário de vespas sociais (Vespidae: Polistinae) no Parque Nacional Grande Sertão Veredas, além de comparar sua riqueza e composição com as de outras três Unidades de Conservação de proteção integral no Norte e no Vale do Jequitinhonha, no estado de Minas Gerais. Foram realizadas quatro coletas, durante seis dias cada, nos meses de setembro e novembro, na estação seca, e nos meses de fevereiro e abril, na estação chuvosa, dentro do Parque, com quatro pesquisadores, totalizando 144 horas de esforço amostral por pesquisador. As vespas foram coletadas por meio de duas metodologias: armadilhas atrativas e busca ativa; assim, quando capturadas, foram colocadas em tubos com álcool 70% para posterior identificação. Foram registradas 41 espécies de 14 gêneros de vespas sociais, com um novo registro de ocorrência para o Estado, Mischocyttarus campestris Raw, 1985. A presença de comunidades distintas de vespas sociais nas Unidades de Conservação no Cerrado e Caatinga, analisadas no presente estudo, reforça e justifica a criação dessas áreas de proteção integral, que asseguram a conservação desse patrimônio biológico, bem como os serviços ambientais prestados por esses táxons, além de fornecer subsídios para o manejo e uso sustentável dos recursos naturais dessas Unidades de Conservação.