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A ASTRONOMIA NO ENSINO DE FÍSICA: análise curricular e diálogos com a ciência cidadã
(2025-03-19) Maria Paula de Freitas Novais; Layla Júlia Gomes Mattos
A presente pesquisa tem como objetivo discutir como a presença da Astronomia nos
currículos das licenciaturas em Física e da educação básica de Minas Gerais pode dialogar
com práticas de Ciência Cidadã. A pesquisa foi conduzida com base nos princípios da
abordagem qualitativa, onde realizamos análises documentais e uma pesquisa
exploratória. Para a educação básica os documentos analisados foram a Base Nacional
Comum Curricular (BNCC) e o Currículo Referência de Minas Gerais (CRMG). Para o
ensino superior, foram analisados os Projetos Pedagógicos de Curso (PPC’s) dos cursos
de licenciatura em Física das Instituições de Ensino Superior (IES) federais de Minas
Gerais. A partir desses documentos, investigou-se de que maneira o conteúdo de
Astronomia está presente no currículo da educação básica, e a forma com a qual ele é
ofertado no currículo de cursos de licenciatura em Física das instituições citadas. Além
disso, também foram investigadas práticas de Ciência Cidadã e Astronomia que podem
servir de referência para ampliar o ensino de Astronomia e socialização da ciência. Os
resultados dessa pesquisa apontaram para uma grande demanda para a educação em
Astronomia, sobretudo no Ensino Fundamental, tanto nos anos iniciais quanto finais.
Entretanto, em análise ao currículo das licenciaturas em Física de Minas Gerais, foi
revelada uma carência na formação de professores para atuar no ensino de Astronomia na
educação básica, com baixa oferta de disciplinas, tanto optativas quanto obrigatórias nas
IES federais do estado. A Ciência Cidadã emerge como uma ferramenta promissora para
a socialização da Astronomia, promovendo a participação ativa dos cidadãos na pesquisa
científica por meio de softwares de código aberto. Nesse contexto, as alternativas
destacam inovações metodológicas, como iniciativas de projetos de extensão voltados ao
ensino e à divulgação da Astronomia em espaços não formais de aprendizagem.
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AS FERRAMENTAS TECNOLÓGICAS ALIADAS NA GESTÃO E CONSERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO EDIFICADO
(2025-01-29) Me. Guilherme de Oliveira Walter
O presente trabalho tem como objetivo demonstrar como a utilização de novas ferramentas tecnológicas estão sendo aplicadas e como podem ser aliadas na gestão e conservação de patrimônio cultural. Através de estudos de casos na área da Tecnologia em Gestão e Conservação do Patrimônio Cultural, busca-se uma demonstração que alinhe ferramentas tecnológicas como o escaneamento a laser e a plataforma BIM (Building Information Modeling) à gestão e conservação do patrimônio imóvel cultural.
Os resultados indicam que o uso combinado de escaneamento a laser e BIM podem potencializar a conservação preventiva e a restauração de edificações históricas, garantindo registros digitais permanentes e acessíveis.
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Antônio Pereira, Ouro Preto - MG: o pior lugar do mundo? respostas a partir da catografia do espaço vivido
(2025-03-06) Jorge, Juliana Moreira; Doutor Ramon Coelho Duarte
Este trabalho, norteado sob o viés humanista, apresenta o conceito de
fenomenologia em uma ótica filosófica e as possibilidades da fenomenologia como
método para a Geografia, enfatizando a cartografia social como ferramenta
metodológica que, através desse método, se fez realizável. Com o objetivo de
demonstrar as potencialidades do uso desse método e metodologia, foi descrito,
como um estudo de caso, os caminhos percorridos e os resultados apresentados
durante a realização do projeto, no âmbito do Programa Institucional de Bolsas de
Iniciação à Docência - PIBID, intitulado “A construção do espaço sob a perspectiva
dos jovens estudantes da Escola Estadual Antônio Pereira”, escola situada em
Antônio Pereira, distrito de Ouro Preto – MG, realizado entre os meses de agosto de
2018 e janeiro de 2020, com um grupo de vinte (20) estudantes com idades entre 14
e 18 anos, sendo que, em 2018 cursaram o 9° ano do ensino fundamental e, em
2019, cursaram 1° ano do ensino médio. A intersecção entre o método
fenomenológico e a metodologia da cartografia social aqui descrita, buscou, a partir
da percepção atenta sobre as experiências sensíveis e vividas através dos corpos
sujeitos, evidenciar a realidade daqueles que, neste momento, construíram e nos
mostraram um lugar de (re)existência, traçado na elaboração de um mapa social
repleto de emoções que transbordam as superfícies da cartografia e da
tradicionalidade dos métodos geográficos. Assim, este trabalho evidencia não
somente uma juventude desejosa por (re)conhecimento, mas uma juventude viva
que, cotidianamente, cria e recria seu potencial sobrevivente, entre caminhos
aflitivos, mas também afetuosos; sempre caminhos em transformação.
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PROPOSTAS PARA O ENSINO DE FÍSICA A PARTIR DE UMA PERSPECTIVA FREIRIANA
(2025-03-17) Rodrigo Mapa de Alcântara; Layla Júlia Gomes Mattos
Trata-se de um estudo exploratório qualitativo, cujo objetivo geral foi elaborar um
portfólio com sugestões de aulas compostas por material didático e métodos que sirvam
de ponto de partida para aulas de Física, mobilizando os estudantes a interagirem com o
conhecimento a ser construído em salas de aula de escolas públicas. Como objetivos
específicos, buscamos: realizar um levantamento de pesquisas sobre os desafios
relacionados ao ensino de Física; construir sequências didáticas para o ensino de Física a
partir de elementos do "Método Freire"; e construir ou adaptar propostas de material
didático para o ensino de Física que simulem experimentos relacionados a fenômenos
físicos e que possam ser utilizados em uma sala de aula comum. Essa pesquisa se justifica
pela necessidade de apresentar caminhos aos professores e futuros professores de Física
para aulas que proporcionem uma aprendizagem ativa e significativa aos estudantes. Os
desafios apresentados pelo levantamento bibliográfico apontam que o ensino de Física
tem ocupado um lugar de cada vez menos importância nos currículos escolares; teve sua
carga horária reduzida significativamente; tem focado no formalismo matemático e pouco
nos conceitos; e está desatualizado. Por exemplo, Moreira (2018-2021), Tonet e Leonel
(2019) e Dias, Gomes e Raboni (2020) discutem essas questões em seus estudos. Diante
dessa realidade, nos baseamos na concepção Freiriana de aulas dialógicas, reflexivas,
críticas e participativas para elaborar sequências didáticas que podem ser adaptadas pelos
professores, considerando as características de suas turmas e comunidades escolares. Ao
todo, foram produzidas seis sequências com propostas de aulas para introdução ao ensino
de Física, Mecânica, Termodinâmica, Ondas, Óptica e Eletromagnetismo. Cada
sequência didática conta com aulas que exploram "temas geradores", visando o
levantamento do conhecimento prévio dos estudantes sobre o conteúdo estudado e as
atividades teórico-práticas. As sequências também contam com material didático
associado, buscando a observação e análise de fenômenos relacionados às grandes áreas
da Física citadas, como forma de vivenciar práticas científicas em escolas que não
dispõem de laboratórios, além de promover a interação dos estudantes com a Física,
favorecendo a apropriação dos conceitos estudados. Assim, buscou promover momentos
de reflexão, interação, experimentação e ludicidade, pois se entende que são elementos
que podem enriquecer a aprendizagem de Física. Portanto, as aulas propostas são
pensadas visando contribuir para o processo de valorização da educação científica e do
fortalecimento do papel da Física no currículo escolar.
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DESAFIOS DOS PROFISSIONAIS DE APOIO PARA ALUNOS COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECÍFICAS
(2025-03-18) Aline Fernanda Mapa Dias; Layla Júlia Gomes Mattos
Trata-se de uma pesquisa qualitativa exploratória cujo objetivo geral foi discutir os desafios
vivenciados por profissionais de apoio que atuam na educação básica de Ouro Preto - MG.
Como objetivos específicos estabelecemos: identificar quais foram os perfis dos profissionais
de apoio contratados nas redes públicas de ensino federal, estadual e municipal de Ouro Preto
– MG; identificar necessidades formativas apontadas pelos monitores de apoio do município e
analisar funções e ações exercidas pelos profissionais de apoio do município. Realizamos uma
pesquisa qualitativa a partir da análise documental de editais de contratação e normativas das
redes de educação básica públicas do município. Também realizamos análise documental de
uma avaliação diagnóstica realizada com 118 monitoras de apoio da rede municipal em um
curso de formação ofertado em parceria entre a Coordenadoria de Educação (CODAEDU), o
Núcleo de Atendimento às pessoas com Necessidades Educacionais Específicas (NAPNEE)
do Instituto Federal de Minas Gerais campus Ouro Preto (IFMG-OP), e a Diretoria de
Inclusão, Diversidade e Territorialidade vinculada à Secretaria Municipal de Educação da
prefeitura de Ouro Preto – MG. Podemos observar que no nível municipal os monitores são
servidoras temporárias, no nível estadual professores de apoio são servidores temporários ou
efetivos, e na rede federal eles não tem vínculo empregatício, são estagiários que recebem
bolsa. Em nível municipal, há o menor nível de formação, sendo exigido nível médio, não é
exigida especialidade, ainda que no edital ele seja intitulado monitor especializado. A rede
federal não exige especialização, mas o estagiário tem que estar matriculado em uma
licenciatura. Enquanto a rede estadual é a que tem maior exigência no nível de formação,
sendo que o profissional que tem prioridade no cargo é licenciado e com formação
especializada em Educação Especial e Inclusiva. A rede municipal se destaca pela
sobreposição de funções, visto que o profissional de apoio acumula ações de nível pedagógico
e de cuidado com higienização e alimentação, caso o estudante demande. Já a rede federal e a
estadual separa o acompanhamento pedagógico do cuidado. A partir da análise documental de
avaliação diagnóstica apresentadas às monitoras do município, elas acompanham
aproximadamente 126 alunos com laudos diversos, mas com maior incidência de alunos
dentro do espectro autista e com deficiência intelectual. As monitoras demandam formação
específica para atender as necessidades específicas dos alunos que acompanham, maior
participação da escola e dos professores regentes no processo inclusivo. Portanto, é evidente
que os alunos recebem acompanhamentos diferentes ao longo da sua inclusão na educação
infantil até o ensino médio, sendo que nesse último nível da educação básica o atendimento
muda se ele for aluno da rede municipal ou federal presente no município. Isso acontece pois
não há uma regulamentação clara sobre a atuação desses profissionais. Essa pesquisa pode
contribuir para compreensão dos desafios da promoção da Educação Inclusiva no município
de Ouro Preto -MG, como também pode indicar a realidade de outras cidades e redes. Como
caminhos futuros entendemos que é importante aprofundar na compreensão dos processos
inclusivos promovidos pelas redes de educação básica do município com vistas a promoção
de formação adequada e parcerias entre as redes para fortalecimento da qualidade da
Educação Inclusiva exercidas por elas. Os resultados dessa pesquisa podem contribuir para
compreensão de aspectos da Educação Inclusiva vivenciada em nossa região em diálogo com
pesquisas de âmbito nacional, além de contribuir para a necessidade formativa dos
profissionais de apoio.