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O que (des) motiva a inserção e a permanência no mercado de trabalho? uma análise no município de Formiga (MG)
(2025-07-09) Pedrosa, Lucas Costa; Doutora Arlete Aparecida de Abreu
A presente pesquisa trata-se de um estudo sobre os fatores que (des)motivam a inserção e a permanência de indivíduos no mercado de trabalho no município de Formiga (MG). A investigação foi conduzida por meio de entrevistas semiestruturadas, aplicadas a três perfis distintos: trabalhadores formais em busca de recolocação, pessoas desempregadas ou atuando na informalidade que desejam ingressar no mercado formal, e indivíduos que, no momento, não manifestam intenção de inserção laboral. A metodologia adotada foi qualitativa, de caráter exploratório e descritivo, com análise de conteúdo temática. A pesquisa tem como objetivo geral compreender como diferentes trajetórias influenciam a (des)motivação na inserção no trabalho dos 3 perfis especificados. A partir da análise dos dados empíricos e dos 3 grandes temas : Fatores de des(motivação), Barreiras Estruturais e Emocionais, e Percepções sobre o mercado de trabalho, foi possível identificar que, nos perfis analisados, a des(motivação) apresentou justificativas diferentes quanto à permanência, busca ou recusa de oportunidades no mercado de trabalho. Destacam-se fatores como: benefícios limitados, baixa remuneração, falta de qualificação e dificuldades para acessá-la, problemas de saúde, responsabilidades familiares e a preferência por trabalhadores mais jovens. Além disso, a percepção negativa sobre o mercado de trabalho em Formiga (MG), marcada pela escassez de oportunidades, exigências excessivas e exclusão de determinados grupos, reforça os desafios enfrentados e influencia diretamente as decisões dos três perfis quanto à permanência no emprego atual, à busca por uma nova colocação ou à desistência de retornar ao mercado.
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Análise do uso e ocupação do solo nas áreas de proteção ambiental – APAs Piracicaba e pureza em Itabira-MG
(2019-05-27) Amaral, Fábio Adão.; Doutor Jairo Rodrigues Silva; 00.00
Com o intuito de preservação do principal manancial de abastecimento público e da biodiversidade local, o município de Itabira-MG estabeleceu no ano 2000 criação da APA Pureza e em 2004 a APA Piracicaba. Verifica-se a sobreposição de áreas das duas UCs e ressalta-se que ambas não possuem plano de manejo até o presente momento. Fato que evidencia a precária gestão dessas áreas protegidas. Soluções definitivas para o abastecimento público já estão sendo discutidas no âmbito governamental, mas, o sistema Pureza ainda é o principal manancial para abastecimento da cidade. Neste contexto, este trabalho objetivou analisar o uso e ocupação do solo nas áreas de proteção ambiental – APAs Piracicaba e Pureza em Itabira-MG por meio da realização de uma análise multitemporal através das imagens do satélite LANDSAT do ano de 1999 e 2018 com a verificação das alterações no uso do solo. Analisou-se o processo da ocupação da APA Pureza, com enfoque nos conflitos dos usos das Áreas de Preservação Permanente - APP. Foi realizada a classificação das imagens LANDSAT TM 5 do ano de 1999 e LANDSAT OLI para 2018 a partir do método de digitalização manual, com uso do software ArcGis 10.2. Com a imagem SRTM e uso do mesmo software foram gerados o MDE juntamente com a hidrografia municipal foram delimitadas APPs na APA Pureza. Em posse da classificação do ano de 2018 foi gerado o mapa de usos dessas APPs. A acurácia da classificação foi verificada por meio do Índice Global parâmetro que representou 83,13 e 90,50% e o índice Kappa que retornou um valor de 0,77 e 0,88, para os anos de 1999 e 2018, respectivamente. A partir da classificação foram delimitadas 6 (seis) classes distintas de uso e ocupação: mineração, pastagem, solo exposto, água, vegetação (nativa e plantada) e área urbana. As classes “vegetação e pastagem” foram predominantes em ambos os anos. Constatou-se que nos 18 anos houve um crescimento das áreas de mineração e por consequência da classe “água” devido ao crescimento das áreas de barragem da atividade minerária. A área urbana também obteve um crescimento relevante, destaque para o crescimento da urbanização na APA Pureza. Com a delimitação das APPs e verificação dos seus usos na Pureza observou-se uma significativa ocupação das APPs com uso classificado como áreas urbanas. Destaque para as ocupações e adensamentos em desacordo com o Plano Diretor municipal. Conclui-se que o crescimento urbano acelerado dos últimos anos, coloca em risco o abastecimento público de água de Itabira sendo um grande desafio para o planejamento da área. Ressalta-se que enquanto o município depender do manancial Pureza para o abastecimento público, a Bacia Hidrográfica do Ribeirão Candidópolis deve ser um foco para uma gestão sustentável. É recomendável a exclusão da APA Pureza e novo zoneamento ambiental da APA Piracicaba, que inclua a área do manancial, uma vez que há a necessidade de proteção da região da Pureza devido à importância para o abastecimento público da cidade. Sugere-se trabalhos futuros que estabelecem propostas e ações para a recuperação das matas ciliares na região da APA Piracicaba, assim como, estudos em relação às áreas degradadas na APA com indicações pontuais dos trechos que maior vulnerabilidade e que necessitam que recuperação.
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Tratamento anaeróbico da fração sólida da cama de frango, após diluição, para obtenção de biogás e biofertilizante.
(2019-05-16) Amaral, Fábio Adão; Doutor Neimar Freitas Duarte; 00.00
O modelo de produção agrícola atual, apesar de constantes avanços produtivos, ainda é centrado no uso demasiado de fertilizantes químicos industrializados oriundos de fontes não renováveis. Com isso, vem ganhando importância o uso de fertilizantes orgânicos advindos do tratamento anaeróbico do resíduo de granjas produtoras de frango de corte, que tem como produto extra a produção do biogás. Uma prática comum nesse método é a diluição da cama de frango (CF) em água e a posterior separação das partes sólidas e líquidas, onde a parte líquida é destinada aos biodigestores e a parte sólida, por ser composta por materiais mais grosseiros e com degradação mais lenta, normalmente é descartada sem aproveitamento e, ou tratamento adequado. Com o objetivo de avaliar o tratamento anaeróbico da fração sólida, o presente trabalho realizou a diluição da cama de frango (CF) em 3 diferentes proporções, 1:3, 1:5 e 1:7 (CF/água), com posterior separação das frações através de peneiras com malhas de 2,36 mm, sendo as partes sólidas submetidas a tratamento anaeróbico por 60 dias. O experimento foi conduzido sob delineamento inteiramente casualizado com 3 repetições. Os resultados obtidos indicaram que o tratamento 1:3 apresentou maiores teores de sólidos totais (ST) e sólidos voláteis (SV) na fração líquida, bem como, maior redução teor de carbono orgânico (C) na fração sólida após tratamento anaeróbico, indicando assim, ser o tratamento com maior potencial de geração de biogás. Coincidentemente, o tratamento 1:3 foi o que apresentou potencial hidrogeniônico (pH) dentro de padrões sugeridos e maior redução nos teores de carbono orgânico (C) durante o processo de biodigestão, indicando maior eficiência entre os tratamentos e consequentemente maior interesse agronômico. O tratamento anaeróbico em todas as diluições demonstrou ser eficiente para a redução da carga orgânica da fração sólida, contudo, os percentuais de sólidos totais e voláteis, antes e após tratamento, demonstram que o material não foi totalmente estabilizado aos 60 dias, necessitando de adequações no sistema para aproveitamento e tratamento eficiente da biomassa.
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Estimativa do estoque de carbono presente na biomassa vegetal arbórea do Parque Municipal Américo Renné Giannetti – Belo Horizonte/MG.
(2019-06-01) Vieira, Joseane Alves; Doutor Carlos Fernando Lemos; 00.00
A mudança climática é realidade para a população mundial e as evidências fazem parte do nosso dia-a-dia. Uma das discussões em relação à alteração do clima está relacionada às condições atmosféricas, que sofreram alterações com a emissão excessiva de gases de efeito estufa (GEE). Diante desta problemática surgiu a necessidade de realizar estudos específicos para calcular o estoque de carbono nas florestas, pela capacidade de absorção do carbono entre o reservatório terrestre e o atmosférico. A captura de carbono por meio da fotossíntese ocorre quando as plantas absorvem energia solar e CO2 da atmosfera. Já o processo inverso ocorre a partir da emissão de carbono pela respiração das plantas, animais e pela decomposição orgânica. A esta se soma as emissões de GEE devido ao desmatamento, incêndios, gases industriais e queima de combustíveis: ações antrópicas que contribuem com o desequilíbrio do ciclo de carbono. A intervenção pode diminuir ou aumentar gradativamente a taxa de carbono na vegetação, influenciando no equilíbrio e dinâmica natural do teor de gás carbônico no ambiente. Neste contexto, o trabalho possui o objetivo de determinar a quantidade de carbono, durante o ano de 2018 e inicio de 2019, presente na biomassa arbórea do Parque Municipal Américo Renné Giannetti em Belo Horizonte – MG, utilizando a metodologia criada pela International Centre for Research in Agroforestry - ICRAF e EMBRAPA Florestas, documento 73. Todas as árvores vivas e mortas em pé foram mensuradas e a estimativa de carbono é de 451,86 t/ha, sendo que o parque apresenta 18,20 hectares. Em termos de comercialização de crédito de carbono, o PMARG apresenta 8223,85 toneladas de carbono na biomassa arbórea, o que equivale a um valor monetário de € 21.628,73. Devido à biodiversidade do parque foi possível perceber que o estoque de carbono varia de acordo com a espécie e idade das árvores. Quanto maior a árvore, maior é a biomassa e consequente quantidade de carbono retida. Durante a coleta de dados, percebeu-se os serviços ecossistêmicos prestados pela área verde do parque e a necessidade de preservação, conscientização e práticas de reflorestamento para a manutenção do ecossistema terrestre.
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Qualidade da água e do Queijo Minas Artesanal de propriedades cadastradas da microrregião Canastra.
(2019-03-29) Ferreira, Fernanda Silva.; Doutora Fernanda Morcatti Coura; 00.00
A região da Serra da Canastra, além de abrigar a nascente do Rio São Francisco, é conhecida por ser a área de produção de um Queijo Minas Artesanal (QMA) característico, denominado queijo Canastra. A água utilizada em propriedades rurais produtoras deste tipo de queijo está diretamente relacionada às etapas de sua produção, contribuindo para a sua qualidade final e para a saúde do consumidor. O objetivo geral deste trabalho foi realizar a caracterização dos aspectos microbiológicos e físico-químicos da água e do queijo coletados de propriedades produtoras de QMA da microrregião Canastra cadastradas pelo IMA e localizadas nos municípios de Bambuí, Medeiros e Tapiraí, nos anos de 2016 e 2017, bem como caracterizar os aspectos ambientais deste processo. Foi realizado um estudo ecológico observacional de caráter transversal a partir de um banco de dados secundário, com informações sobre a qualidade da água e do queijo das queijarias cadastradas dos municípios de Bambuí, Medeiros e Tapiraí nos anos de 2016 e 2017. Os dados coletados foram organizados em tabelas no Microsoft Excel® e importados para a realização de análises estatísticas utilizando-se programa R. Foi realizada uma análise descritiva da qualidade microbiológica e físico-química da água e do queijo dessas propriedades e a caracterização dos aspectos produtivos, ambientais e tecnológicos de fabricação do queijo. A análise da interação entre essas variáveis foi realizada pelo teste do qui-quadrado (χ2) ou teste exato de Fisher, além de uma análise de correspondência para determinar associação entre a conformidade ou não dos parâmetros microbiológicos e físico-químicos tanto do queijo como da água utilizada em sua fabricação. Nas análises físico-químicas da água, a maior não conformidade encontrada foi o cloro residual livre fora do padrão estabelecido (44,69%). Nas análises microbiológicas, 17,02% das amostras apresentaram não conformidade para os parâmetros de E. coli e de Coliformes Totais. Já nas análises microbiológicas do queijo, foram encontradas não conformidades em 7,84% das amostras para coliformes totais e 9,8% para Staphylococcus coagulase positivo. As análises físico-químicas do queijo estavam todas dentro do padrão. Não foi verificada relação estatística entre a qualidade do queijo e da água das propriedades estudadas. Segundo o check list aplicado nessas propriedades, realizado pelo órgão oficial, todas as fontes de água eram protegidas e as propriedades realizaram o descarte adequado dos dejetos do curral, do esgoto sanitário e do lixo. Ademais, 95,70% das propriedades descartaram o soro de maneira adequada. O trabalho indicou que os produtores precisam melhorar o controle de qualidade da água de abastecimento de suas queijarias, cumprindo as exigências de clorar a água e verificando periodicamente o teor de cloro na água, o que resultará na produção de um alimento mais seguro para o consumo humano.