Análise comparativa de fachadas em ruas de Ouro Preto
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Resumo
As cidades sofrem mudanças que são acompanhadas pelas transformações da sociedade ao longo dos anos. Na cidade de Ouro Preto - MG, considerada patrimônio cultural da humanidade desde 1980, as mudanças nas construções do conjunto urbano podem ser observadas na vida cotidiana, no caminhar pela cidade. O meu hábito de observar, as casas do percurso diário, leva à algumas questões a respeito dessas mudanças em relação à preservação desse patrimônio cultural: o patrimônio edificado está de fato sendo preservado? O quanto as edificações têm sido modificadas? ou a maioria das casas estão em processo de arruinamento ou arruinadas? A preservação acontece de modo que favoreça a manutenção da memória no cotidiano de todos os cidadãos com igualdade? Existe diferenças na preservação desse patrimônio entre as regiões mais centrais da cidade e as periferias? Com o objetivo de tentar responder a algumas dessas questões e verificar quantitativamente as mudanças no conjunto urbano da cidade, foi realizado um diagnóstico sobre a situação atual dos imóveis localizados nos bairros Santa Efigênia, Antônio Dias e Padre Faria, cujos patrimônios edificados pertencem ao cotidiano desta autora e estão incluídas no perímetro tombado. Comparado aos dados do Inventário Nacional de Bens Imóveis e Sítios Urbanos – INBI-SU, finalizado no ano de 2001 pela Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG, sob a coordenação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN. O diagnóstico será o resultado da análise comparativa a partir das imagens das fachadas e as volumetrias das edificações. Além disso, as questões relacionadas a desigualdade social, crescimento da cidade, preservação e conservação entraram na discussão.