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Navegando Bambuí por Assunto "Aedes aegypti"
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- ItemClima e saúde: dengue versus parâmetros metereológicos em Formiga-MG(2024-09-25) Silva, Geisiane Aparecida da; Doutora Fernanda Morcatti Coura; Doutor Fulvio CupolilloO presente estudo teve como objetivo geral avaliar como características ambientais influenciam na incidência da dengue no município de Formiga-MG no período de 2014 a 2023. A determinação do número de casos positivos, assim como a análise de sua distribuição em relação a variáveis como sexo, faixa etária, critério de confirmação, classificação final, hospitalização e evolução da doença, foi conduzida com dados extraídos do SINAN. As informações semanais acerca da precipitação e temperatura foram obtidas do INMET. O estudo constituiu em um enfoque epidemiológico descritivo, retrospectivo e longitudinal. As variáveis climáticas estudadas foram temperatura e precipitação, visando compreender a influência desses fatores na incidência da doença. A modelação sazonal apresentou valor positivo para o componente seno (0,27352), indicando que a incidência de dengue em Formiga varia de forma previsível ao longo do ano, com as altas de incidência das semanas 17 a 20 de cada ano, meados do outono, padrão confirmado inclusive nos dois momentos de maior alta histórica, que ocorreram nas epidemias nacionais de 2015 e 2019. O modelo de regressão linear múltipla foi pouco significativo [p=0,004; R2ajustado = 0,035; AIC = 3657,85], assim como a regressão de Prais-Winsten com correção robusta de White [p=0,562; R2ajustado = 0,005], esta, no entanto, apresentando melhor ajuste [AIC = 2394,03]. Os modelos indicaram que há associação, porém pouco significativa, entre as variáveis e as altas de incidência da dengue, resultado confirmado pela correlação de Spearman [0,373]. Ainda na regressão de Prais-Winsten, a precipitação teve um coeficiente de -0,005 e a temperatura média compensada de -0,010, sugerindo uma leve diminuição na incidência em momentos de aumento das variáveis, porque os picos de incidência, incluindo os dois períodos de epidemia, apresentam atraso de aproximadamente 16 semanas em relação à máximas das variáveis climáticas, ocorrendo no outono e, portanto, acompanhando o padrão sazonal. A associação pouco significativa foi atribuída ao caráter estacionário da doença em Formiga, constatado nos resultados da tendência temporal, que indicou longos períodos com poucos ou nenhum caso, resultando em uma linha de incidência que não tem, necessariamente, picos significativos em todos os momentos de alta nas variáveis climáticas. O caráter estacionário foi confirmado pelo modelo SARIMA [z = -44,53; p=0,01], com o teste de Phillip-Perron. Foram feitos os correlogramas das funções de autocorrelação (ACF) e o correlograma da autocorrelação parcial (PACF) da série temporal, considerando apenas 5 lags no ACF e 2 lags no PACF. O modelo indicou previsão de crescimento no número de casos de dengue a partir da primeira semana de 2024, alcançando o pico e a estabilização na semana 33 e se aproximando desse pico já na semana 17, meados do outono, condizendo com o observado nos modelos anteriores. Por fim, foi apresentado como Produto Técnico / Tecnológico um Material Didático voltado para o período escolar infantil intitulado “A Nossa Turma Contra a Dengue”, cujo conteúdo objetivou informar e conscientizar os alunos no sentido de serem agentes naturais contra a dengue e seu agente transmissor