Especialização em Gestão e Conservação do Patrimônio Cultural
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Navegando Especialização em Gestão e Conservação do Patrimônio Cultural por Autor "Doutora Maria Cristina Rocha Simão"
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- ItemDossiês de tombamento simplificados em Belo Horizonte: um estudo de caso(2024-07-16) Ferreira, Maria Clara Lara; Doutora Maria Cristina Rocha SimãoEste artigo é um estudo de caso sobre a gestão da Diretoria de Patrimônio Cultural de Belo Horizonte frente aos imóveis que se encontram com processos abertos de tombamento e inconclusos. O artigo apresenta um panorama sobre a gestão do patrimônio cultural belo-horizontino e as reverberações que os Dossiês Simplificados culminariam e culminaram frente à preservação do patrimônio cultural municipal. O objetivo é compreender os acertos, erros e possibilidades, através de uma análise crítica sobre a situação vivenciada entre a gestão municipal, a empresa contratada para execução dos projetos, os proprietários e, principalmente, o patrimônio cultural local.
- ItemEspaço tombado em construção: subsídios para a conservação da Colônia Santa Isabel em Betim / MG(2024-07-25) Tomanik, Raquel; Doutora Maria Cristina Rocha SimãoA Colônia Santa Isabel é um antigo sanatório para internação e tratamento da hanseníase inaugurado na década de 1930, em Betim/MG. Como parte da política sanitarista implementada pelo Estado nessa época, a colônia recebeu doentes de Minas Gerais e do Brasil, dando origem a um núcleo habitacional desconectado da malha urbana. Devido à sua importância histórica e cultural para a cidade, o conjunto da colônia foi tombado pelo Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural de Betim, em 2000. Enfrentando os desafios da inclusão e integração com o Município desde o fim do isolamento obrigatório na década de 1980, a localidade vive o conflito entre a preservação de seu traçado urbanístico e das construções expressivas do funcionamento como leprosário juntamente com a necessária continuidade da construção do espaço habitado e vivido por pessoas. Partindo desse contexto, foram levantadas informações históricas da localidade e, tendo em vista a situação atual do conjunto urbano – que preserva seu traçado original e possui a maior parte das construções residenciais modificadas –, são feitas reflexões sobre a conservação do núcleo tombado, considerando uma possível regulamentação do uso e ocupação do solo.
- ItemExpansão urbana e preservação em Tiradentes/MG: estudo de caso dos novos loteamentos e dos impactos ao patrimônio cultural(2024-04-26) Bonuti, Luciana Araujo; Doutora Maria Cristina Rocha SimãoEste trabalho tem como objetivo analisar a conformação de novos loteamentos em Tiradentes em Minas Gerais, cidade que tem seu conjunto arquitetônico e urbanístico tombado em nível federal, buscando discutir os processos de gestão envolvidos e apontar alguns dos possíveis impactos desses empreendimentos na preservação do patrimônio tombado. Foram selecionados para este estudo quatro loteamentos apresentados para licenciamento entre os anos de 2015 e 2023 e pesquisados os dados disponíveis nos processos do Escritório Técnico local do Instituto do Patrimônio Artístico e Histórico Nacional. Além disso, foram feitas visitas a campo para compreender a formação do espaço e os possíveis impactos visuais que a expansão urbana pode ocasionar. Concluímos que existem instrumentos de gestão do espaço, principalmente no nível municipal, mas que estes podem ser repensados para uma melhor proteção do patrimônio tombado no que tange aos aspectos paisagísticos e sociais.
- ItemFazendinha Dona Izabel: gestão cultural e patrimônio em comunidades negras e periféricas(2024-04-24) Pereira, Josemeire Alves; Doutora Maria Cristina Rocha SimãoA Fazendinha Dona Izabel está localizada na Barragem Santa Lúcia, em Belo Horizonte-MG, e foi tombada em 1992, a pedido de moradoras/es; tornando-se símbolo de uma iniciativa inédita até então: o reconhecimento de um bem situado numa comunidade de favelas como patrimônio da cidade. Construído entre fins do século XIX e início do XX, o imóvel é documento-testemunho das experiências de africanas(os) e seus descendentes, majoritariamente livres, que inscreveram suas vivências naquelas terras bem antes de 1888. Ele testemunha ainda a formação da comunidade, a partir da chegada de famílias negras que, no Pós-Abolição – especialmente no advento da construção da Nova Capital –, migraram do interior do estado de Minas Gerais e de outras regiões do país. Partindo da análise dos processos de patrimonialização e do recente restauro de uma edificação localizada em uma das primeiras favelas da capital mineira, o artigo propõe à discussão a relação entre comunidade e poderes governamentais envolvidos na promoção de políticas públicas de memória, com atenção à especificidade dos desafios epistemológicos e de gestão de patrimônios configurados a partir de experiências negras no território.
- Item“Hospede-se numa casa colonial em Ouro Preto": reflexões sobre plataformas de hospedagem P2P de curta duração em cidades patrimonializadas(2024-10-10) Ishicava, Julia; Doutora Maria Cristina Rocha SimãoEste estudo explora a expansão das plataformas de hospedagem P2P, como o Airbnb, em cidades patrimonializadas, com um foco particular na cidade de Ouro Preto, Minas Gerais. Através da metodologia de caso-referência e de uma caracterização prévia das plataformas, a análise realça como a popularização dessas plataformas afeta a estrutura residencial e socioeconômica local, afetando seja pela fruição cotidiana, ou pela gentrificação decorrente do esvaziamento ou expulsão da população autóctone. Não obstante a interação cotidiana com o ambiente patrimonial não apenas preserva, mas também amplia seu valor e significado. Além disso, a investigação aborda as consequências da economia de compartilhamento de produtos ou serviço por intermédio da internet e seu impacto global sobre as hospedagens P2P, trazendo experiências alhures como reflexões sobre o tema. O estudo visa contribuir com perspectivas sobre como equilibrar o desenvolvimento econômico ligado ao turismo com a preservação efetiva do patrimônio cultural em cidades históricas, enfrentando os desafios introduzidos pela expansão das mudanças de paradigmas promovidos pela internet e suas plataformas digitais.
- ItemLei Federal de Incentivo à Cultura: uma análise do patrimônio material em Minas Gerais.(2024-04-29) Ana Beatriz Araújo Silva; Doutora Maria Cristina Rocha SimãoO presente estudo aborda de maneira breve o histórico do direito as políticas públicas culturais, com foco na criação da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei nº 8.313 de 23 de dezembro de 1991) no Brasil de forma a explanar sobre sua aplicabilidade, o processo para submissão de projetos, execução e prestação de contas nas mais diversas áreas culturais previstas junto do Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac). Concentrando-se no levantamento a análise de projetos inscritos na área do Patrimônio Cultural, segmento Restauração do Patrimônio Material, com recorte para os municípios integrantes do Estado de Minas Gerais, sua distribuição quanto a mesorregiões, entre os anos de 2009 a outubro de 2023, mecanismo de mecenato e seu status quando a condição de captações, aprovações e indeferimento registrados junto a portal versalic3. A partir do levantamento das informações de interesse dos projetos, realizou-se análise crítica baseando-se na leitura de gráficos gerados por meio das informações relativas às submissões, juntamente de suas características relacionadas à distribuição de recursos dentro das mesorregiões mineiras contempladas pela renúncia fiscal de empresas a fim de entender a motivação da não distribuição de investimentos de maneira mais ampla e democrática dentro do Estado.
- ItemMemória em Ouro Preto: perspectiva epistêmica espacial(2024-04-30) Fernandes, Josué da Silva; Doutora Maria Cristina Rocha SimãoEste estudo explora a epistemologia do espaço em Ouro Preto, Minas Gerais, através da análise crítica das narrativas oficiais e do uso do espaço urbano pelos habitantes. Através de pesquisa qualitativa (levantamento bibliográfico, observação participante e análise documental), a pesquisa revela contradições entre a visão eurocêntrica oficial e as marcas da escravidão e da Afrocentricidade presentes na cidade. A hermenêutica urbana e a fenomenologia são utilizadas para interpretar os significados do espaço e as experiências dos habitantes. A pesquisa evidencia a luta por reconhecimento e ressignificação da história afrodescendente, manifestada em diversas formas de expressão cultural e social. A epistemologia do espaço em Ouro Preto é complexa e multifacetada, marcada por contradições e tensões. A pesquisa revelou que as narrativas oficiais de Ouro Preto, muitas vezes marcadas por uma visão eurocêntrica, mascaram as contradições e tensões presentes no espaço urbano. A análise das marcas da escravidão e da Afrocentricidade na cidade evidenciou a luta por reconhecimento e ressignificação da história afrodescendente, que se manifesta por diferentes formas de expressão cultural e social. Os resultados da pesquisa indicam que a epistemologia do espaço em Ouro Preto é complexa e multifacetada, marcada por contradições entre as narrativas oficiais e o uso do espaço pelos habitantes. A valorização da herança afrodescendente e a construção de uma narrativa mais plural da história da cidade são essenciais para a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva.