Estratégias de adubação visando à biofortificação com zinco em grãos de feijão da cultivar carioca BRS MG Uai

Data
2023-06-19
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Resumo

O zinco é um nutriente que precisa estar presente em quantidades adequadas na dieta da população, mas nem sempre isso ocorre devido à dificuldade de acesso a alimentos que o forneçam. O enriquecimento de grãos de feijão com zinco, por meio da biofortificação agronômica, pode ser uma estratégia interessante, visto que o feijão é um alimento básico que está presente na dieta de uma parcela significativa da população brasileira. Este trabalho objetivou avaliar o comportamento agronômico da cultivar de feijão carioca BRS MG Uai, bem como o enriquecimento com zinco de seus grãos, quando submetida a diferentes estratégias de adubação. Para isso, foi instalado um experimento em 01/03/2021 no CDTT /DAG – UFLA, em Ijaci - MG, em esquema fatorial 3x4, três adubos de base (350 kg.ha-1 (NPK) 04-28-08, 350 kg. ha-1 de (NPK) 04-28-08, com 10% de zinco no grânulo, 350 kg.ha-1 de (NPK) 04-28-08, associado a 50 kg.ha-1 de sulfato de zinco heptahidratado) e quatro estratégias de adubação foliar (não aplicação, aplicação de 5 kg.ha-1 de sulfato de zinco heptahidratado, 6,67 kg.ha-1 de quelato de zinco EDTA e 2,5 L.ha-1 de óxido de zinco). As adubações foliares foram divididas em duas doses iguais (metade em cada aplicação), nos estádios R5 (pré-floração – 03/04/2021) e R8 (enchimento das vagens - 26/04/2021). O delineamento foi em blocos ao acaso, com 4 repetições, com as parcelas formadas por quatro linhas de 4 metros de comprimento, espaçadas 0,5 metro entre si, sendo colhidas como parcela útil as duas linhas centrais. Na colheita (28/05/2021), foram coletadas 10 plantas ao acaso, com as quais foram determinados os componentes de rendimento, n° de vagens por planta, n° de grãos por vagem e massa de cem sementes. Os grãos colhidos tiveram sua umidade determinada para posterior correção, separando-se uma amostra de 100 gramas que foi submetida a peneiras, sendo avaliada a retenção em peneira 12, 11 e resíduo de fundo para os grãos. O rendimento de grãos foi determinado após ser ajustado para 13% de umidade. Para a avaliação de zinco nos grãos, eles foram devidamente moídos e enviados para o laboratório, que, por meio da metodologia de digestão nitroperclórica e determinação pela ICP-OES, definiram-se os teores de zinco. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância, e o efeito dos tratamentos foi verificado pelo teste de F a 5% de significância. Os resultados obtidos demonstraram que não houve diferenças estatísticas para as análises componentes de rendimento e retenção de peneiras, o que, provavelmente, está associado ao fato de o cultivo ter ocorrido em período de rigoroso déficit hídrico, com pluviometria total no ciclo de cultivo de 105,1 mm, sendo 95,4 apenas no mês de março. Entretanto, para o teor de zinco nos grãos, foi possível constatar que as diferentes fontes de adubo foliar possibilitaram aumento significativo, em que todos se apresentam como superiores à testemunha.


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