Didática e relações interpessoais: o diálogo por uma comunicação não violenta entre professor e aluno no âmbito da EPT
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Resumo
A relação professor-aluno é fundamental no processo de ensino-aprendizagem, servindo como um pilar central para o desenvolvimento educacional. Nesse contexto, a importância do diálogo e da comunicação respeitosa e sem ruídos se destacam como elementos chave para alcançar uma educação verdadeiramente transformadora. Este estudo, desse modo, explora a relação professor-aluno, sob a luz de dois conceitos complementares: o diálogo, conforme concebido por Paulo Freire, e a Comunicação Não Violenta (CNV), proposta por Marshall B. Rosenberg. Partindo dessas premissas, esta pesquisa tem como objetivo investigar quais são os aspectos da relação professor-aluno na percepção dos estudantes, os quais são impactados por essas barreiras comunicacionais, e como esses elementos interferem na interação e, consequentemente, na aprendizagem. O trabalho foi realizado em uma unidade do Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG), com alunos dos terceiros anos do Ensino Médio Integrado, maiores de 18 anos, por meio de uma análise da visão desses alunos sobre a comunicação e a relação interpessoal com os professores. Os resultados refletem a complexidade das relações interpessoais no ambiente escolar, sugerindo barreiras comunicacionais que relacionam a compreensão mútua entre professores e alunos, a existência de violência verbal e preconceito, as necessidades que não atendidas nesse processo, o silenciamento, a percepção de indiferença por parte dos professores, bem como as interferências das emoções na relação e nas consequências negativas que ocorrem na aprendizagem. A contribuição resultante deste estudo são dois Produtos Educacionais que têm o objetivo de auxiliar na mudança de comportamento do público pesquisado e, para além disso, no cenário educacional. O primeiro é o instrumento de autoavaliação O que foi que eu disse? E como é?, o qual auxilia professores a conhecer e refletir sobre seu padrão comunicacional. O segundo é a ferramenta Escutatória (escuta + oratória), um dispositivo de registro e acolhimento para identificar e visibilizar casos de bullying e violência, oferecendo espaço seguro para que os estudantes falem e sejam ouvidos.