A INCLUSÃO DO ALUNO AUTISTA NA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA: DESAFIOS E PERSPECTIVAS
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Resumo
Desde a década de 90, a discussão sobre a inclusão escolar de alunos Público-Alvo da Educação Especial (PAEE) ganhou espaço na legislação educacional brasileira. A partir de então, o tema tem gerado debates sobre a efetiva implantação de normativas que viabilizem tal propósito. Apesar disso, pensar a inclusão, no contexto das escolas, ainda é um grande desafio. Ao longo da história, as concepções sobre o autismo transformaram-se, sobretudo, quando se analisam questões que envolvem a etiologia, os critérios diagnósticos, a conceituação dos níveis de suporte e os tratamentos com comprovação científica. Tendo em vista esse cenário, o presente estudo teve como objetivo mais amplo investigar a fundamentação das práticas educativas para a inclusão dos alunos autistas na Educação Profissional e Tecnológica. Os objetivos específicos foram: (i) analisar a compreensão dos docentes no Ensino Médio Integrado do campus selecionado do IFMG sobre o autismo e o caráter plural do transtorno (comportamental, educacional e social); (ii) listar as necessidades do Núcleo de Atendimento aos Portadores de Necessidades Educacionais Específicas (NAPNEE) para a inclusão dos alunos autistas; (iii) descrever o autismo e suas especificidades, de forma completa e atualizada, para difundir o conhecimento para professores; (iv) implementar um produto educacional (Podcast) voltado a formação de professores e aprimoramento das práticas pedagógicas na inclusão de estudantes autistas na EPT, com vistas a promoção de uma educação mais equitativa e adaptada às necessidades específicas desses estudantes. Como orientação metodológica, esta pesquisa foi aplicada, exploratória e qualiquantitativa. Assim, foram empregadas as técnicas bibliográfica, documental e estudo de caso. Os dados foram coletados por meio de entrevista semiestruturada e de questionário e interpretados com base no Referencial Teórico. Constatou-se que os docentes participantes do estudo apresentam conhecimento limitado sobre as especificidades de alunos autistas, encontrando desafios em suas práticas educativas e que o NAPNEE tem atendido as demandas desses estudantes, ainda que o setor apresente algumas fragilidades. Assim sendo, conclui-se que na Instituição há um caminho a ser percorrido para o aprimoramento e o fortalecimento da Educação Inclusiva com foco no acompanhamento pedagógico dos educandos autistas.