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Navegando Ouro Branco por Programas e cursos "Mestrado Profissional em Educação Profissional e Tecnológica (ProfEPT)"
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- ItemLetramentos e formação humana integral em práticas extensionistas na Educação Profissional e Tecnológica: um estudo de caso(2025-02-25) RODRIGUES, Marcos Cristhyam de Jesus Pereira da Cruz; Doutor Adilson Ribeiro de OliveiraTendo em vista a articulação entre o papel da extensão e da leitura e escrita no âmbito da Educação Profissional e Tecnológica, esta pesquisa tem como objetivo geral analisar os eventos de letramentos em que se envolvem os bolsistas e os voluntários do projeto de extensão “ConTEXTO: oficina de leitura e produção de textos”. Para tanto, foi empreendido um estudo de caso aplicado, qualitativo e exploratório. Os dados de interesse foram coletados por meio de documentos (Relatórios Finais do Programa Institucional de Bolsas de Extensão Júnior, postagens em redes sociais, publicações, participações em eventos), com o recorte temporal de 2017 a 2022, e de entrevistas semiestruturadas com estudantes que concluíram o Ensino Médio Integrado no IFMG - Campus Ouro Branco e que atuaram no projeto em questão. Esses dados, por sua vez, foram interpretados por meio da Análise Textual Discursiva, resultando na produção de metatextos (textos que reúnem argumentos descritivo-interpretativos que expressam a compreensão do pesquisador sobre um determinado fenômeno). Os resultados centrais evidenciam que, no “ConTEXTO”, o gênero textual Redação do Enem é apenas um “fio condutor” para que os bolsistas e os voluntários possam vivenciar usos da leitura e da escrita mais amplos, plurais, dinâmicos (orais, digitais, informacionais, acadêmico-científicos, etc.) e que os eventos e as práticas de letramentos analisados estimulam a utilização dessas atividades sociais não para fins instrumentais e individualistas, mas para o estabelecimento de relação e de trocas de saberes, de conhecimentos e de vivências/experiências com as comunidades interna e externa, o fortalecimento de uma postura cidadã com o desenvolvimento e/ou aperfeiçoamento de valores sociais (responsabilidade, trabalho em equipe, relações interpessoais, sensibilidade, empatia, autonomia), a articulação entre teoria (pensar) e prática (fazer) em uma perspectiva interdisciplinar, valorizando a integração entre conteúdos técnicos (específicos) e propedêuticos (gerais). A partir desta investigação, acredita-se que tenham sido gerados avanços teóricos, no campo de estudos da EPT que investiga as temáticas “letramentos”, “formação humana integral” e “extensão” no Ensino Médio Integrado, e práticos, com a elaboração e a avaliação de um produto educacional, mais especificamente um e-book (manual) sobre comunicação acadêmico-científica para auxiliar estudantes a lidarem com a produção de textos acadêmico-científicos.
- ItemRepensando o currículo do Ensino Médio Integrado: o des(encontro) entre o dito e o feito para uma Educação Libertadora Antirracista(2025-03-26) Marciano, Daiane Aparecida Mesquita; Doutora Marie Luce TavaresEsta investigação, em seu cerne, analisa se há uma construção de um currículo antirracista no Projeto Pedagógico dos Cursos (PPCs) do Ensino Médio Integrado de um Campus do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais. Nesse cenário, é importante considerar que a Lei 10.639/2003, alterada para a nova Lei 11.645/2008, é um marco político tido como referência dentro do Movimento Negro contemporâneo, embora ainda não suficiente, para o avanço de uma educação antirracista nos currículos escolares. Tem-se, como um dos pressupostos, que os currículos escolares brasileiros – sobretudo os PPCs direcionados aos estudantes do Ensino Médio Integrado nos Institutos Federais – estão distantes de um currículo antirracista. Ao discutirmos o tema da educação antirracista, almejamos a construção de um currículo escolar que seja mais abrangente em relação às questões étnico-raciais, em especial em consonância com a Lei 11.645/2008. Nesse contexto, este estudo possibilita, através de uma abordagem qualitativa, por meio da Análise de Conteúdo, uma análise nos currículos, além de entrevistas semiestruturadas com docentes e coordenadores de curso da instituição, promovendo, desse modo, uma contribuição significativa à formulação de um currículo de natureza antirracista, especificamente direcionado ao âmbito do Ensino Médio Integrado, o qual, em sua interação com a esfera da Educação Profissional e Tecnológica, seja capaz de fortalecer uma abordagem educacional voltada à omnilateralidade e formação integral para os discentes. Com base nesse contexto, uma das empreitadas desta pesquisa consistiu no desenvolvimento da Cartilha “A mudança começa em mim: Cartilha de introdução ao Letramento Racial”, um produto educacional que se destina a servir como um recurso de auxílio para professores, educadores e demais profissionais da área educacional. Assim, o produto educacional propõe-se a atender à exigência da CAPES, alojando-se ao macroprojeto de “Organização do Currículo Integrado na EPT”, incluído à linha de pesquisa “Organização e Memória de Espaços Pedagógicos na EPT”. Em virtude de sua natureza pedagógica, a cartilha trouxe estratégias antirracistas, delineadas com o propósito de auxiliar os docentes no que tange à elaboração dos conteúdos em sala de aula, alinhando o ensino a um substrato teórico para a abordagem das questões étnico-raciais. Por fim, esta pesquisa trouxe, como resultado, relatos de coordenadores e de docentes que apontam para uma ausência de formação continuada que lhes permitisse – até mesmo – um trabalho com as relações étnico-raciais em sala de aula, o que podemos encarar, de repente, como um silenciamento da própria instituição com esse trabalho, já que é importante que a instituição, sempre, posicione-se sobre o assunto e fortaleça políticas e projetos que envolvam os discentes e toda a comunidade acadêmica em temas raciais – não somente o racismo, mas a valorização da comunidade negra, a história, a cultura e as visões identitárias – inclusive núcleos como o NEABI – que ocorre e existe na instituição. O caminho, portanto, é muito longo, e envolve diferentes atores: desde a direção, como um fator institucional, até os próprios alunos, os quais, muitas vezes, se veem apagados no próprio currículo. Dessa forma, a instituição – alunos, professores, direção, comunidade externa e os próprios pesquisadores – devem se unir na promoção de uma educação antirracista, para que o dito e o feito possam andar juntos.