Bacharelado em Medicina Veterinária
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Navegando Bacharelado em Medicina Veterinária por Orientador "Doutora Simone Magela Moreira"
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- ItemRELATO DE CASO: Caso de Anaplasma phagocytophilum diagnosticada em bezerra na cidade de Bambuí-MG(2023-12-08) Carvalho, Lucas Francisco Pereira; Doutora Simone Magela MoreiraHemopatógenos do gênero Anaplasma têm sido identificados como uma preocupação crescente em bovinos de diversas regiões. Em particular, o Anaplasma phagocytophilum, que também pode ser zoonótico, tem despertado interesse, dada sua potencial gravidade e implicações na saúde pública. O presente relato descreve um caso emergencial de uma novilha na região de Bambuí (MG) que apresentou sintomas clínicos sugestivos de hemoparasitoses. Durante um manejo rotineiro do gado na propriedade, foi detectado este animal, de aproximadamente um ano e seis meses, com manifestações clínicas agudas. Uma avaliação veterinária foi realizada imediatamente, seguida de coleta de sangue para hemograma e esfregaço sanguíneo. O hemograma revelou alterações típicas desta afecção, e o esfregaço sanguíneo evidenciou formas compatíveis com naplasma phagocytophilum no interior de neutrófilos. Diante dos achados e da urgência clínica, a novilha foi prontamente tratada com oxitetraciclina (20 mg/kg, dose única) e diaceturato de diminazeno (3,5 mg/kg, dose única). Dez dias após o tratamento, novos exames hematológicos foram conduzidos, demonstrando uma melhora significativa na anemia e monocitose previamente constatadas, reforçando a eficácia do tratamento aplicado. Com o objetivo de avaliar a circulação do patógeno na propriedade e expandir o entendimento epidemiológico da doença, amostras de sangue de dois equinos que conviviam com a novilha foram coletadas em tubos com EDTA, purificadas através de um kit Wizard® (Promega) e submetidas a PCR Nested, visando a genes específicos. No entanto, os testes resultaram negativos, proporcionando insights valiosos sobre a dinâmica da infecção na propriedade, sugerindo que a infecção pode estar isolada, sendo um bom indicativo de que o patógeno ainda não se disseminou amplamente. Ou, ainda, que tenha sido influenciado pela qualidade da amostra ou quantidade de material genético, sem excluir definitivamente a presença do patógeno. Dado exame parasitológico compatível, seguido de fatores geográficos e epidemiológicos, o PCR negativo pode indicar, ainda, que as práticas de manejo e controle de vetores na propriedade estão sendo eficazes, sem ignorar, contudo, a necessidade de se investigar outros patógenos potenciais que possam ter causado a sintomatologia. Em conclusão, este relato destaca a imperatividade de um diagnóstico acelerado em situações emergenciais e a relevância dos exames hematológicos como ferramentas cruciais para decisões terapêuticas, ao passo que investigações adicionais oferecem uma perspectiva abrangente sobre a epidemiologia local da doença.