Aptidão agroclimática da cultura da videira em Bambuí, Minas Gerais

Data
2024-08-13
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Resumo

A caracterização climática realizada em menor escala é um passo importante para aperfeiçoar a produção em uma determinada região, tornando-se possível identificar os mesoclimas mais favoráveis ao cultivo. Em Bambuí, Minas Gerais, encontram-se condições climáticas favoráveis para o cultivo da videira, similar às características das regiões tradicionais de viticultura. Apesar de algumas descrições climáticas da região indicarem seu potencial, faltam avaliações criteriosas, utilizando índices climáticos apropriados, como o Sistema de Classificação Climática Multicritérios Geovitícola (CCM Geovitícola). Tal avaliação é fundamental para caracterizar completamente a aptidão agroclimática de Bambuí, promovendo o desenvolvimento da viticultura e potencializando o turismo regional. Este trabalho teve como objetivo principal avaliar a aptidão climática de Bambuí - MG, para o cultivo da videira, considerando-se diferentes dois ciclos de produção ao longo do ano e em relação ao ajuste de suas condições climáticas dentro do Sistema CCM Geovitícola. Na caracterização climática, foi utilizado o sistema CCM Geovitícola, que é composto por três índices: Heliotérmico (IH), de Frio Noturno (IF) e de Seca (IS). Também foi empregado o Índice de Zuluaga (IZ), para avaliar os riscos de incidência de doenças fúngicas da videira. Utilizou-se uma série histórica de sete anos de dados meteorológicos, obtidos de uma estação automática do INMET, localizada nas dependências do Instituto Federal Minas Gerais Campus Bambuí. As avaliações foram realizadas, simulando dois períodos, Outono – Inverno, que representa os meses de abril a setembro, e Primavera – Verão (PV), que representa os meses de outubro a março. Os resultados demostraram que a região de Bambuí, apresenta aptidão climática para a produção de uvas nos dois períodos avaliados, com maior potencial de qualidade nos meses de abril a setembro, em função das condições hídricas mais favoráveis, devido aos menores índices pluviométricos e temperaturas mais amenas registrados no período. Esse trabalho pode auxiliar nas decisões de produtores interessado em investir nessa atividade. Além disso, trabalhos futuros podem expandir essas análises, levando em outras estações meteorológicas na região da Serra da Canastra, possibilitando alinhar a produção do tradicional queijo Canastra ao de vinhos finos, fortalecendo a economia local e contribuindo para o desenvolvimento sustentável da região.


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