Uso de algas marinhas como bioestimulantes da germinação de sementes de Pimenta Arari bode amarela (Capsicum chinense) e Pimenta Cumari (Capsicum baccatum l. var. praetermissum)

Abstract

As pimentas possuem significativa importância econômica e cultural no Brasil. Pertencente à família das solanáceas (Solanaceae) possuem características como crescimento indeterminado, florescimento e frutificação contínuos, o que dessincroniza a maturação fisiológica das sementes, configurando um fator limitante para sua produção. Os bioestimulantes podem ser usados como tratamentos para aumentar a produtividade e o desenvolvimento das plantas. Assim, o objetivo do presente trabalho foi avaliar efeito do extrato de alga marrom na quebra de dormência fisiológica e germinação de semente de Pimenta Arari bode amarela (Capsicum chinense) e Pimenta Cumari (Capsicum baccatum L. var. praetermissum), contendo três materiais de diferentes linhagens: TH5, CH5 e MIX. O delineamento utilizado foi o inteiramente casualizado (DIC), com o esquema fatorial simples com 4 tratamentos: sementes secas(1), sementes embebidas em água(2), sementes embebidas em extrato de alga marrom(3) e sementes embebidas em solução de Stimulate®(4). Todos os tratamentos tiveram quatro repetições de 25 sementes em cada. Após 12 horas em embebição nos tratamentos as sementes foram retiradas das soluções e lavadas em água corrente, secadas e armazenadas em câmara fria por 24 horas. Em seguida foram submetidas ao teste padrão de germinação em câmara de geminação BOD com temperatura de 25ºC e fotoperíodo de 12 horas por 147 dias. Para obter os resultados foram consideradas germinadas as sementes que apresentaram plântulas normais (PN), já o restante das sementes foram contabilizadas como sementes mortas (MOR), aquelas que ao final do teste não germinaram e encontravam-se apodrecidas; e sementes que não germinadas (NG), aquelas intactas e com aspecto potencialmente viável. As sementes de pimenta bode foram as que apresentaram germinação em todos os tratamentos, já a germinação de sementes de cumari foram baixas ou nenhuma em todos os tratamentos. Ainda assim, o protocolo utilizado neste trabalho não foi eficiente para quebrar efetivamente a dormência de sementes de pimenta.