Controle da dor em animais de produção da região Centro-Oeste de Minas Gerais
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Resumo
Reconhecer e tratar a dor é uma atribuição profissional, mas o tema ainda é desafiador para uma parcela significativa de profissionais, o que pode ocasionar malefícios aos animais. Por conseguinte, objetivou-se realizar um levantamento, por meio de formulário eletrônico, das técnicas utilizadas para o controle da dor por médicos veterinários que atuam com animais de produção na região Centro-Oeste de Minas Gerais e conhecimento sobre bem-estar animal. Foram obtidas 12 respostas, sendo a maioria do gênero masculino, com formação em até dez anos. As cirurgias mais executadas citadas foram a orquiectomia, descorna, cesárea, cirurgia ortopédica e procedimentos odontológicos. A associação de contenção físico-química foi o método mais utilizado (83,33%). Foram mais evidentes a presença de abordagens do tipo sedação/tranquilização (xilazina e acepromazina), anestesia locorregional (lidocaína) e emprego de fármacos para controle da dor (meloxicam, dipirona, flunixina meglumina, fenilbutazona e tramadol). Os parâmetros fisiológicos mais empregados para a detecção e controle da dor foram vocalização, imobilidade, inapetência, sensibilidade ao toque, escala de avaliação da dor, pressão arterial, frequência cardíaca e respiratória. Apenas 25% dos entrevistados relataram associar um anestesista para monitoração anestésica de seus pacientes, e somente 16,66% dos médicos veterinários definem seus conhecimentos como adequados sobre anestesia. Todos os profissionais preocupam-se com o bem-estar animal, independentemente do conhecimento sobre as cinco liberdades (p>0,05). Dois profissionais (16,66%) não empregam medicação pré-anestésica, independentemente do tempo de formação e especialização (p>0,05). Bem-estar, controle da dor e analgesia foram as principais sugestões, sobretudo, por meio de cursos e eventos presenciais. Conclui-se que os profissionais realizam majoritariamente procedimentos como sedação/tranquilização, anestesia local e fármacos, para controle da dor. Há limitações na prestação dos serviços de anestesia, analgesia e bem-estar animal, fato que justifica a necessidade de cursos profissionalizantes, além do fornecimento de dados para futuras pesquisas, ambos com o objetivo de alavancar a qualidade dos serviços fornecidos na referida região mineira.