Produção de briquetes a partir de finos de carvão vegetal e finos de minério de ferro
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Resumo
Em virtude da necessidade em ser preciso misturar carvões de diferentes teores para adequar a necessidade do processo, e considerando que combustíveis fósseis são altamente poluentes, vê-se a necessidade de rotas alternativas que possam minimizar esses impactos no meio ambiente. O uso do carvão vegetal na siderurgia surgiu como uma alternativa ao carvão mineral considerando o balanço positivo de carbono gerado ao longo de sua cadeia e também economicamente, porém, o carvão vegetal não consegue substituir o carvão mineral em sua totalidade no processo devido a algumas restrições que ele possui com relação à resistência e grandes volumes de produção. Considerando também que o minério de ferro está ficando cada vez mais pobre, necessitando de mais etapas de beneficiamento, de modo a ocasionar uma maior geração de finos no processo, vê-se a necessidade de uma melhor destinação a esses materiais. Os finos não podem ser utilizados no alto-forno porque afetam a permeabilidade do leito de fusão, de modo a dificultar as etapas de redução, reduzindo a eficiência do processo. Através desses problemas, a briquetagem surge como alternativa para que se possa retornar com esses finos no processo e concentrar a energia presente, de modo a aumentar sua resistência mecânica. Neste trabalho foram fabricados briquetes com finos de minério de ferro e finos de carvão vegetal, feita a caracterização química dos materiais e o ensaio de RDI (Índice de degradação sob redução) do briquete gerado. Foram propostas duas temperaturas de cura para realizar o RDI: na temperatura de 100°C o briquete apresentou um RDI = 74,70% e na temperatura de 500°C não foi possível realizar o ensaio porque os briquetes se desintegraram com facilidade. O briquete proposto nesse trabalho não atingiu a resistência mecânica suficiente para que se possa utilizá-lo no processo. Na realização do ensaio, observou uma forte combustão do carvão vegetal, sugerindo alta reatividade. Para trabalhos futuros, sugere-se realizar mais testes com porcentagens menores de carvão vegetal e reduzir a temperatura de cura do briquete.