A Terapia Assistida por Animais (TAA) tem suas raízes no século XVII, visando ao desenvolvimento social, físico, emocional e cognitivo por meio de intervenções utilizando animais saudáveis, como cavalos e cães, com o intuito de desenvolver habilidades em pessoas com deficiência mental e Síndrome de Down. Já o uso do coelho para esse tipo de intervenção é recente, e pesquisas apontam características importantes como cocilidade e tranquilidade para se fazer uso em terapias assistidas. O estudo da Coelhoterapia foi realizado na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Bambuí, MG, visando avaliar sua influência no desenvolvimento cognitivo junto aos alunos/pacientes com Deficiência Intelectual. A pesquisa, qualitativa e quantitativa, desenvolveu um protocolo específico, investigando efeitos em pessoas com Síndrome de Down e deficiência mental, analisando a percepção dos professores e realizando uma avaliação estatística. Os professores da APAE responderam a questionários estruturados antes e depois da intervenção com os alunos, revelando uma aceitação positiva da Coelhoterapia e melhorias notáveis em habilidades motoras, responsabilidade, humor e adaptação social. No entanto, não houve impacto positivo significativo na ansiedade, sugerindo a necessidade de estratégias específicas nesse aspecto. Conclui-se que a Coelhoterapia é valiosa na abordagem terapêutica da APAE, oferecendo benefícios diversos. Recomenda-se a continuidade da pesquisa e aprimoramento das práticas terapêuticas, especialmente no tratamento da ansiedade, visando atender às necessidades individuais. Este estudo contribui para o entendimento da Coelhoterapia, preenchendo lacunas de conhecimento e incentivando futuras investigações.