Efeito de Silicato de Cálcio e Magnésio na severidade da Antracnose e na Microbiota associada ao feijoeiro comum (Phaseolus vulgaris L.)

Data
2016-12-19
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Resumo

O feijoeiro (Phaseolus vulgaris L.) possui grande representatividade na dieta dos brasileiros, servindo de alimento base para a população, rico em proteínas, vitaminas, minerais e demais compostos. O desenvolvimento do feijoeiro é afetado por diversas doenças abióticas e bióticas, principalmente as de origem fúngica. O uso de novas alternativas de controle de doenças visa reduzir perdas, melhorar e assegurar a produtividade dos cultivos agrícolas e sustentabilidade dos sistemas de produção. A utilização de nutrientes minerais como potencializadores da resistência das plantas a doenças é uma técnica estudada há mais de 60 anos. Nos últimos 15 anos o uso de fontes silicatadas advindas de escória siderúrgica associadas a outros elementos minerais como cálcio e magnésio e de outros nutrientes essenciais têm sido realizado com sucesso como precursor a resistência em plantas. O silício é considerado um elemento mineral não essencial para as plantas, porém benéfico, de baixo custo e vem sendo testado em diversas plantas como o cafeeiro, o feijoeiro, o eucalipto, o pepino e diversas monocotiledôneas. Objetivou-se neste trabalho avaliar o efeito de silicato de cálcio e magnésio na potencialização de resistência em plantas de feijoeiro comum, bem como, sua interação com a microbiota do solo. O experimento foi conduzido em casa de vegetação na unidade de produção e pesquisado Instituto Federal de Minas Gerais – Campus São João Evangelista, em delineamento inteiramente casualizado, com plantas de feijoeiro do grupo carioca, em vasos de polipropileno (volume 2,5 dm-3), avaliando os índices de severidade após 30 dias de inoculação da antracnose – Colletotrichum lindemuthianum, índices de desenvolvimento morfológico da cultivar (altura média, massa fresca e comprimento do sistema radicular, frequência absoluta do número de nódulos e frequência relativa entre a massa fresca e a frequência, de nódulos) e a microbiota do solo, submetidas a cinco concentrações de silicato de cálcio e magnésio (CaSiO3 e MgSiO3) (T1: 0,0 g/dm-3; T2: 0,40 g/dm-3; T3: 2,0 g/dm-3; T4: 10,0 g/dm-3; T5: 50,0 g/dm-3). A incorporação do silicato de cálcio e magnésio ao solo promoveu a ampliação dos níveis de pH (alcalinos), resultando em alteração no desenvolvimento morfológico, com diferença significativa no comprimento e formação de massa fresca do sistema radicular. Entretanto não houve influência das concentrações utilizadas quando à população microbiana do solo e inconclusivo para os índices de severidades patogênicas.


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