O tomate é uma das principais hortaliças produzidas e consumidas no Brasil, e grandes esforços são dedicados ao melhoramento genético visando à obtenção de novas cultivares. Tanto para a condução dos programas de melhoramento quanto para a obtenção de sementes híbridas, é necessária a extração de pólens para utilização nos cruzamentos. Uma estratégia interessante é a determinação de metodologias de armazenamento de pólens que possam ser disponibilizados por maior período. Sendo assim, este trabalho teve como objetivo estabelecer diferentes métodos e períodos de armazenamento e conservação de grãos de pólen de tomate. O trabalho foi realizado em três etapas: 1ª- determinação de meio de cultura para germinação de pólen e avaliação da tolerância à dessecação do grão de pólen; 2ª- determinação do período após a abertura da flor para coleta de pólen; e 3ª-avaliação do efeito de diferentes condições e períodos de armazenamento de pólen. A viabilidade dos pólens armazenados foi testada in vitro, pela avaliação da germinação em meio de cultura, e, a partir das análises, foi estabelecido um meio de cultura padrão para germinação dos grãos de pólen. Na dessecação do pólen, foram estabelecidas metodologias com o pólen dessecado e com o pólen fresco, sendo que o percentual de viabilidade do pólen fresco foi de 76,7 % e, após a secagem, 0,43%. Conclui-se que a dessecação afetou a germinação in vitro do grão de pólen de tomate. No período de abertura da flor de tomate, foram realizados quatro testes de coletas, sendo que, no terceiro dia de coleta, obteve-se um melhor resultado (76%) de germinação dos grãos de pólens, estabelecendo-se que ele é o melhor para a realização da coleta das flores e retirada dos grãos de pólen. Para avaliação do armazenamento de pólens, foram testados quatro métodos (temperatura ambiente 22° C, refrigerador 9° C, freezer -4° C e congelador -15° C) e quatro períodos de armazenamento (10, 20, 30 e 40 dias). Observou-se que, no refrigerador, a viabilidade dos grãos de pólen se manteve maior dentre os quatro períodos armazenados. No entanto, a germinação, em todos os ambientes, foi consideravelmente baixa, não sendo encontrados valores eficientes para um possível armazenamento e utilização posterior desses pólens.