Quitandeiras de Minas Gerais: uma revisão de literatura a propósito dos saberes e fazeres das quitandeiras mineiras.

dc.contributor.advisorDoutora Cristiana Santos Andreoli
dc.contributor.authorAlves, Valéria de Fátima
dc.date.accessioned2024-10-08T12:22:10Z
dc.date.available2024-10-08T12:22:10Z
dc.date.issued2024-07-19
dc.description.abstractTrabalho sobre as mulheres quitandeiras presentes mais amiúde no interior do Estado de Minas Gerais. São elas as herdeiras das mulheres negras, escravizadas ou forras que comercializavam as comidas vendidas nas ruas em tabuleiros, também conhecidas como “negras de tabuleiro”, ou “negras de ganho”. A palavra deriva-se do termo Kitanda utilizado pelos povos quimbundu do centro-ocidente da África, que significa tabuleiro, onde eram expostos gêneros alimentícios nas feiras, designando também, as próprias feiras e mercados livres, muito difundidos no continente, além de denominar os pequenos mercados comerciais. Em Minas Gerais, além de um espaço físico, essa palavra ganha outro significado: quitanda, é a pastelaria caseira, o biscoito, a broa, a rosca, o sequilho, o bolo. Na cozinha mineira, a quitanda é tudo aquilo que é servido com o café, exceto o pão. Minas Gerais é constantemente considerada o berço das quitandas, onde as quitandeiras vivem no imaginário das pessoas, desde a época do ouro em Vila Rica, atual distrito de Ouro Preto/MG, repassando, geralmente, de forma oral, às gerações seguintes, seus saberes e fazeres na produção das suas guloseimas. Esse estudo verificou que esse ofício, durante o século XIX, se descontinuou, reaparecendo com as mulheres quitandeiras diferentes daquelas do século XVIII, pois, já não eram mais as mulheres negras ou forras vendendo suas mercadorias pelas ruas da cidade, e sim, mulheres diversificadas, que aprenderam o ofício com suas avós e mães, e que passaram a produzir as quitandas em suas casas, na maioria das vezes, sob encomenda para seus clientes já conhecidos. Para se obter uma fotografia atual dos trabalhos acadêmicos sobre essas mulheres, foi elaborado um trabalho de pesquisa acadêmica, com o objetivo de: mapeamento dos estudos sobre quitandeiras em Minas Gerais, com base em manuscritos nacionais, onde foram levantados artigos que tratam sobre as quitandeiras, no período de 2014 a 2023, além da identificação do perfil das quitandeiras e os seus principais saberes e fazeres relacionados a esse ofício. Reiteramos que o estudo se restringiu ao estado de Minas Gerais, onde a tradição das quitandas é reconhecida por todo território nacional.
dc.description.abstract1Work on women, we will present the “quitandeiras” – women cooks and sellers of “quitandas”, which are traditional baked goods – more frequently found in the State of Minas Gerais’ countryside. They are the heirs of the black women, enslaved or freed, who sold food in the streets on trays, also known as "tray blacks" or "earnings blacks". The word derives from the term Kitanda used by the Quimbundu peoples of central-western Africa, which means tray, where foodstuffs were displayed at markets. It also designates the markets themselves and the open-air markets, widely spread throughout the continent, as well as the small commercial markets, or grocery stores. In Minas Gerais, besides referring to a physical space, “quitanda” gains another meaning: homemade pastries, cookies, cornbread, donuts, "sequilho" (a type of cookie), and cake. In the Minas Gerais cuisine, "quitanda" is everything that is served with coffee, except for bread. Minas Gerais is often considered the birthplace of "quitandas", where since the time of the gold age of Vila Rica, currently the district of Ouro Preto, the "quitandeiras" have lived in the collective imagination passing on, usually orally, to subsequent generations, their knowledge and skills in the production of their delicacies. This study found that this profession was discontinued during the 19th century, later reappearing with different women street vendors from those of the 18th century, as they were no longer black or freed women selling their goods in the city streets, but rather diversified women who learned the trade from their grandmothers and mothers, and who began to produce "quitandas" usually in their own homes, to known clients who ordered them directly. To obtain an up-to-date picture of these women, an academic research project was developed with the dual aim of mapping studies on “quitandeiras” in Minas Gerais, based on the survey of articles from 2014 to 2023 from national manuscripts; as well as identifying the profile of the “quitandeiras” and their main knowledge and skills related to this profession. We reiterate that the study was limited to the state of Minas Gerais, where the tradition of "quitandas" is recognized throughout the national territory.
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/20.500.14387/1870
dc.language.isoPortugues
dc.publisher.campiOuro Preto
dc.publisher.countryBrasil
dc.publisher.institutionInstituro Federal de Minas Gerais
dc.publisher.programTecnologia em Gastronomia
dc.rightsAcesso aberto
dc.subject.keywordQuitandeiras
dc.subject.keywordQuitandas
dc.subject.keywordSaberes e fazeres
dc.subject.keywordCulinária
dc.subject.keywordMinas Gerais
dc.titleQuitandeiras de Minas Gerais: uma revisão de literatura a propósito dos saberes e fazeres das quitandeiras mineiras.
dc.typeTrabalho de Conclusão de Curso
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