Apesar da importância de uma abordagem contextualizada da gramática (ANTUNES, 2014) durante o processo de ensino-aprendizagem na formação dos estudantes, em detrimento do ensino tradicional, muitas vezes, os professores se veem diante do seguinte questionamento: como ensinar efetivamente a gramática de forma contextualizada? Nesse sentido, a presente pesquisa, desenvolvida com alunos do 8º ano do Ensino Fundamental e do 1º ano do Ensino Médio de uma escola pública de Mariana, MG, buscou traçar caminhos para esse ensino objetivando contribuir para a capacidade dos alunos de ler, escrever e refletir sobre a língua. Sendo assim, com base em textos jornalísticos, os estudantes realizaram exercícios voltados para o desenvolvimento de consciência sintática, a partir da Teoria dos Constituintes proposta por Faraco e Vieira (2020) e, posteriormente, responderam a perguntas de gramática elaboradas em uma perspectiva contextualizada. O estudo demonstrou que atividades lúdicas, como os diagramas de cores, são uma alternativa eficaz para motivar os estudantes e, sobretudo para conscientizá-los sintaticamente e torná-los autônomos em suas reflexões sobre a língua. Ao promover atividades que aliam a análise estrutural a contextos discursivos reais, o ensino de gramática deixa de ser um fim em si mesmo e passa a ser uma parte integrante e funcional do desenvolvimento linguístico dos alunos.