Pouca ênfase se tem dado à utilização de animais mestiços na cunicultura. De acordo com a literatura disponível, verificou-se que poucos são os trabalhos que a avaliaram o desempenho produtivo de tais animais. Assim, este trabalho de conclusão de curso objetivou estudar e aferir o desempenho produtivo de coelhos puros e mestiços, provindos dos grupos genéticos Nova Zelândia Branco e Botucatu durante o período de crescimento. Para tal, utilizou-se um total de 192 coelhos, divididos em 24 unidades experimentais. Os animais foram distribuídos em gaiolas de tamanho 100 x 70 x 50 cm (comprimento, largura e altura, respectivamente), enriquecidas, de acordo com seu grupo genético, sendo oito coelhos por parcela experimental. Os coelhos foram divididos em dois blocos, sendo o primeiro oriundo de coelhas primíparas e o segundo de coelhas multíparas. Em cada gaiola, foram coletados os dados de peso inicial, peso aos 67 dias, consumo diário de ração (CDR), ganho de peso diário (GPD) e conversão alimentar (CA), considerando o período de 32 a 67 dias de idade. Os resultados mostraram que os grupos genéticos Botucatu e mestiços se destacaram no ganho de peso aos 67 dias de idade. Verificou-se, também, que tais animais apresentaram moderadamente vantagem para GPD. Todavia, não houve diferenças para o CDR e CA para os três grupos genéticos, apesar dos dados evidenciarem melhor CA para os coelhos da raça Botucatu. Portanto, a utilização de coelhos da raça Botucatu é o mais indicado para as granjas cunículas brasileiras, embora seja ainda necessário mais estudo destes animais.