Avaliação da incidência de ferugem do cafeeiro em relação ao alinhamento de plantio
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Resumo
A cafeicultura apresenta grande importância social e econômica tanto Brasil quanto no mundo, entretanto diversas doenças prejudicam esta cultura. Entre elas, a ferrugem do cafeeiro, causada pelo fungo Hemileia vastatrix, é considerada como uma das mais prejudiciais. Dentre os fatores que interferem o ciclo desta doença, as condições ambientais, que nem sempre se manifestam de maneira uniforme em toda a extensão da planta, apresentam-se como um dos mais importantes, exigindo reflexões. Com o objetivo de avaliar a incidência da ferrugem do cafeeiro em relação aos terços e lados da planta, o presente trabalho foi realizado na fazenda Água Limpa, no município de Campos Altos, Minas Gerais. O experimento foi realizado em nível de campo em uma lavoura de café (C. arabica. L.), cultivar Catuaí Amarelo IAC 62, com 10 anos de idade, implantada no espaçamento de 3,6 m x 0,8 m, em sistema convencional de manejo. O delineamento utilizado foi inteiramente casualizado (DIC), seguindo o esquema com quatro tratamentos (face norte, face sul, terço médio e terço inferior) e 640 repetições. Foram realizadas 3 avaliações, sendo que cada avaliação foi feita nas 640 plantas marcadas na gleba homogenia, onde foi conduzido o experimento. Cada planta foi avaliada no terceiro ou quarto par de folhas, em dois ramos no terço inferior e dois ramos no terço médio, em ambas as faces, (face voltada para o norte, e face voltada para o sul). Sendo assim, foram analisados 8 pares de folhas em cada planta. Nas análises de cada par de folha, avaliaram-se a presença e a ausência de sinais da doença, caracterizadas como presença de estruturas do fungo na planta (esporulação). Após a obtenção e o processamento dos dados, obteve-se a seguinte conclusão: o terço inferior das plantas avaliadas apresentou maior incidência de ferrugem do cafeeiro (Hemileia vastatrix), em comparativo com o terço médio na fase inicial da epidemia. Já as faces de exposição da planta, voltadas para o sul e para o norte, não apresentaram diferenças significativas quanto à incidência da doença. Quando analisada a planta no geral, a doença apresentou uma curva de progresso ascendente, apresentando um maior número de plantas infectadas a cada avaliação realizada.