O aumento no consumo de medicamentos nas últimas décadas trouxe consigo inúmeros benefícios. No entanto, o descarte inadequado desses fármacos, seja através de vasos sanitários ou lixos domésticos quando vencidos ou não mais necessários, representa uma ameaça significativa à saúde pública e ao meio ambiente. Este estudo tem como propósito avaliar o nível de conhecimento da população acerca do manejo apropriado desses medicamentos, as formas adequadas de descarte, bem como os problemas decorrentes do descarte incorreto. A metodologia adotada para examinar o comportamento da população frente a essa problemática foi baseada em um estudo de caso conduzido no Instituto Federal de Minas Gerais, localizado em Ouro Preto. Foi distribuído um questionário eletrônico aos alunos do curso técnico em Segurança do Trabalho. Os resultados obtidos revelaram que grande parte do público analisado ainda possui pouco acesso à informações sobre o descarte apropriado de medicamentos e desconhece os pontos de coleta disponíveis em sua cidade. Além disso, muitos nunca ponderaram sobre os numerosos impactos negativos decorrentes do descarte inadequado dessas substâncias. Concluiu-se que a falta de conscientização emerge como uma das principais causas para o descarte ocorrer em locais inadequados. A ausência de políticas públicas direcionadas à disseminação de informações, aliada à escassez de pontos de coleta, amplifica o problema. Para abordar essa questão de forma eficaz, é essencial investir em educação ambiental, campanhas de conscientização e políticas públicas que incentivem o descarte adequado de medicamentos vencidos e/ou não utilizados. Somente por meio dessas medidas, será possível promover uma mudança positiva e sustentável no manejo dos resíduos farmacêuticos.