Este trabalho apresenta uma análise histórica e comparativa dos modelos astronômicos geocêntrico, heliocêntrico e geo-heliocêntrico, desenvolvidos, respectivamente, por Cláudio Ptolomeu, Nicolau Copérnico e Tycho Brahe. O objetivo principal é compreender as contribuições teóricas e empíricas desses modelos para a transição entre os paradigmas astronômicos, evidenciando como cada um respondeu aos desafios científicos de sua época e influenciou o avanço da Astronomia. Por meio de uma abordagem qualitativa e descritiva, baseada em pesquisa bibliográfica, foram analisadas as biografias, observações e obras desses astrônomos, bem como os contextos históricos e Culturais que moldaram suas teorias. O método incluiu uma análise de conteúdo das fontes consultadas e uma comparação entre os modelos, considerando aspectos como o centro do Universo, a forma das órbitas planetárias, o movimento retrógrado dos planetas e o impacto Cultural de cada teoria. Os resultados indicam que o modelo geocêntrico de Ptolomeu se consolidou por mais de mil anos devido à sua adequação às observações disponíveis e à visão filosófica dominante. O modelo heliocêntrico de Copérnico representou um marco ao propor uma explicação mais simples e precisa, desafiando a tradição estabelecida. Tycho Brahe, por sua vez, combinou observações rigorosas com um modelo conciliatório, fornecendo a base empírica para os avanços de Kepler e a posterior aceitação do heliocentrismo. Conclui-se que os modelos analisados não apenas influenciaram o desenvolvimento da Astronomia moderna, mas também demonstraram como o progresso científico é moldado pela interação entre observação, teoria e os contextos sociais e Culturais. Este estudo contribui para o entendimento da evolução da Astronomia e reforça a importância do questionamento crítico e da inovação no avanço do conhecimento.