Efeito do pó de rocha e bioestimulante sobre a produtividade do milho safrinha

Do total dos fertilizantes usados no país 70% são provenientes de fontes convencionais de nutrientes importadas, compostas, basicamente, de fontes variantes de NPK, de alta concentração e solubilidade. O uso do pó de rocha na agricultura é uma alternativa para diminuir os impactos causados pelo uso desenfreado de fertilizantes químicos. As rochas moídas e aplicadas no solo têm vários benefícios, como: a melhoria da fertilidade pela remineralização de macro e micronutrientes; proporciona aumento da CTC e incrementa a atividade da microbiota do solo. Como o pó de rocha tem liberação lenta de nutrientes, a sua associação com aplicação de bioestimulante proporciona uma maior eficiência na liberação dos nutrientes, conseguindo níveis de liberação adequados à velocidade de absorção das plantas. Neste contexto, o objetivo do presente trabalho foi avaliar a produtividade do milho safrinha adubado com pó de rocha associado à aplicação de bioestimulante. O experimento foi realizado no município de Bambuí em um LATOSSOLO VERMELHO Distroférrico cambissólico. O delineamento utilizado foi o de blocos casualizados com sete tratamentos (diferentes doses de pó de rocha (3 e 5 ton ha-1), associadas ou não à aplicação de bioestimulante, adubação com NPK e testemunha) e quatro repetições, totalizando vinte e oito parcelas experimentais. As variáveis avaliadas foram: altura da planta; altura de inserção da espiga; diâmetro da espiga; comprimento das espigas; número de fileiras de grãos por espiga; número de grãos por fileira e produtividade. Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias agrupadas pelo teste de Scott-Knott, ao nível de 5% de probabilidade. Nas condições em que o presente trabalho foi realizado pode-se concluir que o uso do pó de rocha, independentemente da aplicação de bioestimulante, interferiu no desenvolvimento vegetativo do milho safrinha proporcionando maior produtividade. No entanto, novas pesquisas devem ser desenvolvidas com o uso do pó de rocha associado à aplicação de bioestimulantes, sem a interferência da restrição hídrica, para que se possa atestar sobre a eficiência do produto na liberação dos nutrientes necessários para a manutenção da produção da cultura.