O Brasil é o maior produtor mundial de café, com produção de 63,08 milhões de sacas de café beneficiado em 2020. Diante de uma cultura de tamanha importância é frequente a busca por técnicas que maximizem a expressão do potencial produtivo. O país também possui uma grande diversidade de abelhas que podem ser usadas no serviço de polinização. O objetivo do presente trabalho foi verificar a influência da polinização por Apis mellifera na produtividade do café arábica, para isso foi instalada uma colmeia no cafezal durante o período da florada. O experimento foi conduzido com a variedade catuaí vermelho durante a safra de 2021/2022, na Fazenda Santa Catarina, localizada no município de Capelinha-MG. O trabalho consiste em três testes de polinização: área sem a influência de abelhas (T1) com distância acima de 400 m do local de instalação da caixa de abelhas; área de influência das abelhas (T2) num raio de até 300 m da caixa; área de influência das abelhas (T3), onde ocorreu a exclusão da polinização biótica com um saco de tule. O delineamento experimental empregado foi em blocos casualizados, com 10 repetições por área de influência das abelhas. A unidade experimental foi composta por duas plantas próximas e cada planta com quatro guias marcadas no terço médio, totalizando 80 guias por área de influência. Para parâmetros de comparação foram contabilizados os nós desenvolvidos das guias marcadas em três datas e realizada a contagem dos grãos na colheita. Foi realizada a análise de variância e as médias, quando significativas, comparadas segundo o Teste de Tukey a 5% de probabilidade de erro. Concluiu-se que os resultados obtidos com o presente trabalho mostram não haver um incremento significativo na produtividade do café arábica sob as condições estudadas de introdução de colmeia.