Uma Análise sobre a Gestão de Riscos nos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia

Data
2023-05-24
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Resumo

Esse estudo teve como objetivo elicitar a percepção dos responsáveis pela gestão de riscos dos institutos federais, sobre as práticas adotadas, identificação dos principais riscos, desafios da implantação e impactos e contribuições decorrentes da implantação da gestão de riscos. A aplicação da pesquisa nos institutos federais se deu pela relevância da autarquia no cenário educacional nacional, singularidade do desenho organizacional e inexistência de estudos específicos sobre a gestão de riscos nessa autarquia federal. A metodologia envolveu a realização de um censo, o qual envolveu a aplicação de um questionário desenvolvido por Araújo (2019) a todos os responsáveis pela gestão de riscos dos trinta e oito institutos federais, obteve-se uma taxa de respostas de 75% (27 respondentes e 2 institutos declararam não ter iniciado a implantação da gestão de riscos), na sequencia foi realizada uma análise exploratória e descritiva dos dados. Entre os principais resultados, há evidências de um esforço relevante da administração dos institutos federais para a implantação da gestão de riscos, sendo que os responsáveis diretos percebem sua importância e potencial, entretanto, constataram-se diversas e importantes fragilidades no status atual de implantação, como a falta de mapeamento de processos, possíveis capacitações ineficientes, excesso de demandas dos servidores, falta de engajamento e desconhecimentos de ferramentas tecnológicas que facilitam a gestão de riscos. Outro resultado importante, é a indicação que as instituições têm uma preocupação maior com riscos operacionais do que com riscos financeiros. Ao analisar as fragilidades na implantação da gestão de riscos nos institutos federais, observou-se a possibilidade de que a administração dessas instituições apresente condições precárias para atender à exigência legal de implementação da gestão de riscos. No entanto, além dessa finalidade, outros aspectos como a sobrecarga de demandas, a falta de mapeamento de processos e a ausência de um modelo de gestão de pessoas adequado também podem ser considerados como indicadores de recursos precários e capacidade administrativa limitada para alcançar os objetivos e finalidades dos institutos federais.


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