O presente trabalho analisou a reutilização dos resíduos de aves na produção de adubo organomineral e o seu uso na cultura da soja. Para a produção do adubo foram utilizadas as sobras geradas pela avicultura de corte, compostas da cama de aviário, da varrição da fábrica de ração e carcaças de animais mortos que passaram pelo processo de compostagem. As compostagens das aves mortas no processo de criação de frango de corte industrial foram acondicionadas em baias de alvenaria, tendo 2,5 m de largura, 2,5 m de comprimento por 1,8 m de altura em um galpão de 195 m de comprimento por 12,5 m de largura, fechado em sua totalidade por tela com malha de 2,5 cm e o telhado feito com telhas de fibrocimento. Após 5 meses, desse material proveniente das baias de compostagem foi transformado em adubo organomineral. Este adubo foi utilizado em experimento de campo na cultura da soja. Testou-se diferentes quantidades de adubo organomineral delineado na forma de blocos casualizados (DBC) com cincos tratamentos de adubação utilizando organomineral: T1 - Testemunha, T2 - fertilizante organomineral na dose 2,5 ton/haˉ¹, T3 - fertilizante organomineral na dose 5 ton/haˉ¹, T4- fertilizante organomineral na dose 7,5 ton/haˉ¹ e T5 - fertilizante organomineral na dose 10 ton/haˉ¹. Os parâmetros avaliados foram: estande da planta, comprimento da raiz (cm), biomassa fresca da raiz, comprimento da parte aérea, massa fresca da parte aérea, análise foliar, comprimento do internódio, peso de 1.000 grãos (g), número de vagens por plantas, número de grãos por vagem, porte final, biomassa verde e seca final, produtividade de grãos (kg/haˉ¹). O adubo organomineral mostrou-se uma ótima opção quando produzido pelo avicultor para uso próprio em sua lavoura de soja e se mostra mais vantajoso do ponto de vista financeiro. Nesse caso, a aplicação de 7,5 ton/haˉ¹ é a dosagem que apresenta melhor custo-benefício para o agricultor com a produção de 5.352 kg/ha.