Os quilombos surgiram da necessidade de refúgio e resistência dos povos escravizados frente ao escravismo colonial, sendo um processo fortemente marcado pelas contingências e multiplicidades de experiências agenciadas pelos quilombolas (fugidos, libertos e livres) que historicamente se congregaram nessas comunidades. Nesse sentido, a narrativa da Chacrinha dos Pretos de Belo Vale (MG) revela caminhos diversos de resistência e luta de uma pequena comunidade pela posse de uma terra herdada ao longo de 200 anos de batalhas, por meio de colaboração com seu peculiar dono, um sacerdote da igreja católica. Assim, por meio de dados primários, analisados, história oral, e registros fotográficos e bibliografia especializada tentaremos reconstruir as batalhas pela terra, pertencimento e preservação de um modo de viver por essa população de ex-escravizados.