Trabalho de Conclusão de Curso

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    Gigantismo e o impacto para o bezerro e fêmea bovina: relato de caso
    (2025-01-31) Simões, Roberta Montenegro; Doutor Renison Teles Vargas
    O gigantismo em bovinos é uma anormalidade caracterizada por tamanho e peso acima do normal, possuindo diversas denominações, como síndrome do bezerro gigante, síndrome do neonato gigante, entre outras. Esse distúrbio tem grande relevância econômica para os pecuaristas, pois aumenta o risco de distocias, o que pode resultar em hipóxia fetal e lesões neurológicas na vaca. Essas complicações afetam sua capacidade motora, comprometem a habilidade de amamentar e dificultam a ingestão do colostro pelo bezerro.Além disso, as distocias favorecem complicações pós-parto, como retenção de placenta, hipocalcemia e metrite, o que impacta negativamente a entrada da vaca na lactação. O manejo pós-parto, de colostragem, cura do umbigo, boas condições de higiene e conforto físico e térmico são primordiais para garantir que os primeiros momentos de vida do bezerro sejam menos desafiadores e contribuam para seu maior desenvolvimento. A descrição do caso tem como objetivo relatar um caso de gigantismo em neonato, resultante do cruzamento por inseminação artificial entre uma vaca Girolando F1 com Touro Tabapuã. O caso levou à ocorrência de distocia, com subsequente eutanásia da mãe, após o parto, e do bezerro, que enfrentou uma série de complicações clínicas, incluindo pneumonia, TPB, artrite e onfalite, culminando em eutanásia após 30 dias de vida. Falhas no manejo de colostragem contribuíram para as complicações do bezerro, que, apesar de tratamento, não apresentou resposta eficaz. Os achados de necropsia indicaram alterações nos pulmões, articulações, fígado e estrutura umbilical. O manejo adequado, especialmente no que se refere à colostragem e ao auxílio durante o parto, é essencial para reduzir as complicações pós-parto e minimizar a mortalidade materna e neonatal, contribuindo para a redução dos prejuízos econômicos para o produtor.
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    Aspectos clínicos e laboratoriais dos cães portadores de Leishmaniose atendidos no Centro Clínico Veterinário (CCV) do IFMG - Campus Bambuí
    (2025-02-13) Sabino, Giullia Maria Fiuza; Doutora Thaís Nascimento de Andrade Oliveira Cruz
    A leishmaniose é uma zoonose que apresenta grandes desafios para a saúde pública e possui caráter cosmopolita. Seu diagnóstico é dificultoso, devido às variadas e tardias manifestações clínicas e laboratoriais apresentadas, resultando em subdiagnósticos. Assim, o estudo dessas alterações é importante para o diagnóstico precoce da doença. A pesquisa em questão objetivou descrever as alterações clínicas e laboratoriais dos cães portadores de leishmaniose atendidos no Centro Clínico Veterinário (CCV) do IFMG - Campus Bambuí e compará-las com a literatura. Os dados foram coletados pela análise dos prontuários clínicos de 27 pacientes positivos para a leishmaniose durante o período de abril de 2023 a abril de 2024. Foram analisadas as principais manifestações clínicas e laboratoriais relacionadas à doença, além de informações quanto à queixa, idade, sexo e raça dos animais. Posteriormente, foram tabulados na plataforma Excel 2010®, comparados com a literatura e submetidos à análise descritiva. Considerando as 27 fichas, a faixa etária de maior ocorrência foi entre cães com 6 e 7 anos (37%). Em relação ao sexo, a presença de machos prevaleceu em 51,8% dos animais. A maioria dos pacientes não apresentava raça definida (66,6%). Quanto à queixa, 66,6% não estavam vinculadas à doença; já os 33,3% restantes possuíam relação com as manifestações da afecção. Na análise de hemograma, a anemia esteve presente em 48,1% da amostra. Ademais, a monocitopenia (29,6%) e trombocitopenia (18,5%) também foram vistas nas alterações hematológicas. A hiperproteinemia (55%) foi a principal alteração em bioquímica sérica, que não apresentou padronização nos exames solicitados. Cerca de 77,7% dos pacientes possuíam alterações dermatológicas, especialmente dermatite esfoliativa (40,7%) e dermatite erosiva/ulcerativa (40,7%), seguidas da alopecia (37%). A linfoadenomegalia foi vista em 51,8% dos achados sistêmicos, enquanto 29,6% dos cães exibiam emagrecimento, e 25,9%, mucosas pálidas como sinais inespecíficos. Além disso, um animal mostrou-se assintomático. A partir dos resultados, conclui-se que as alterações clínicas e laboratoriais encontradas corroboraram a literatura vigente, determinando a relevância do conhecimento desses achados para os profissionais e estudantes da área, sobretudo, daqueles que pouco acompanham a enfermidade na rotina clínica.
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    Alterações laboratoriais pré-operatórias de animais de companhia atendidos no Centro Clínico Veterinário do IFMG, Campus Bambuí
    (2024-02-28) Rocha, Bruna Lauren Sant’Ana; Doutora Joana Zafalon Ferreira
    A avaliação pré-operatória possibilita a detecção de possíveis doenças subjacentes, mesmo na ausência de sintomas visíveis, o que contribui para a estabilização clínica do paciente, reduz as complicações cirúrgicas e auxilia na formulação de um protocolo anestésico mais seguro e direcionado para o paciente. Dentre as análises laboratoriais mais simples e essenciais na avaliação pré-anestésica, estão os exames hematológicos e bioquímicos. Com o presente estudo, objetivou-se avaliar os resultados dos exames laboratoriais, hemograma e bioquímicos em cães e gatos submetidos a cirurgia no Centro Clínico Veterinário (CCV) do IFMG - Campus Bambuí. Os dados foram coletados a partir da análise das fichas clínicas dos pacientes que passaram por procedimentos cirúrgicos durante o período de maio a dezembro de 2023, que continham informações a respeito do paciente, incluindo dados demográficos, anamnese, exame físico geral e resultados dos exames complementares solicitados. Das 31 fichas analisadas, observou-se uma maior ocorrência de cirurgias em cães (25/31) comparados aos gatos. Em relação ao sexo, houve predominância de fêmeas (23/31). A maioria dos pacientes era sem raça definida e pertencia à faixa etária adulta. As cirurgias eletivas (18/31) foram as mais frequentes, com destaque para orquiectomia e ovariohisterectomia. Na análise hematológica dos cães, foram observadas alterações como anemia, eritrocitose, alterações no leucograma e trombocitopenia. Na bioquímica sérica, não houve padronização dos examessolicitados, e as alterações mais encontradas foram aumento das enzimas que podem refletir nas funções renal e hepática. Já no hemograma dos felinos, as alterações se concentraram no leucograma, com leucopenia, eosinopenia e aumento de bastonetes. Na parte bioquímica, observaram-se diminuição da ureia, aumento de GGT e ALT. A partir dos resultados, conclui- se que as alterações laboratoriais foram mais frequentes em cães e gatos que realizaram cirurgias eletivas, bem como em animais geriátricos e adultos, o que demonstra a importância da realização desses exames na avaliação pré-anestésica.
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    Controle e tratamento da mastite em uma fazenda leiteira: estudo de caso
    (2024-11-02) Silveira, Lívia Vasconcelos; Doutora Simone Magela Moreira
    Este estudo de caso investigou estratégias de controle e tratamento da mastite em uma fazenda leiteira, avaliando práticas de manejo de ordem, higiene e tratamento com foco na eficácia e impacto sobre a saúde e produtividade das vacas. Realizado na Fazenda Betânia, em Oliveira, Minas Gerais, o estudo utilizou coleta de dados por meio de conversas com o gestor e funcionários, observação direta das práticas e registros de manejo e aplicação de testes como o California Mastitis Test (CMT) e cultura microbiológica para diagnóstico de mastite subclínica e identificação de agentes patogênicos. Os resultados indicaram uma incidência de 25,3% de mastite nas vacas em lactação, com maior prevalência em animais jovens e de alta produção. O estudo também incluiu práticas como o uso de pré-dipping e pós-dipping e o uso de antibióticos direcionados, contribuindo para um manejo mais eficaz da mastite. A adoção de protocolos específicos de ordem e higiene declarados é essencial para a prevenção de novas infecções e para a garantia da qualidade do leite. As estratégias propostas mostraram potencial para melhorar a saúde do rebanho e reduzir custos associados ao tratamento e descartes, promovendo uma produção mais sustentável e eficiente. Este trabalho destaca a importância do monitoramento contínuo e da implementação de medidas profiláticas e terapêuticas bem fundamentadas como pilares para o controle efetivo da mastite bovina em sistemas de produção láctea.
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    A pandemia de COVID-19 e a expansão da informalidade na agroindústria familiar em Minas Gerais
    (2024-11-22) Souza, Bruna Macena Pereira de; Doutora Simone Magela Moreira
    Nos últimos anos, a agricultura familiar no Brasil alcançou relevância inédita, impulsionada por políticas públicas e normativas que potencializaram seu desenvolvimento. Notavelmente, a formalização por meio da renovação do alvará sanitário emergiu como um barômetro da progressiva inserção dos produtores no mercado formal. Este movimento não apenas fomenta a inclusão social, mas também assegura a qualidade dos alimentos para os consumidores. Com um foco preciso em Minas Gerais e um período delimitado entre 2015 e 2020, esta pesquisa mergulhou profundamente nas solicitações de alvará por estabelecimentos da Agricultura Familiar e produtores de alimentos. Os registros obtidos da Superintendência de Vigilância Sanitária foram examinados e, crucialmente, essa análise foi enriquecida pela aplicação do mapeamento de causa e efeito, conforme sugerido pela OCDE em 2012. Os dados revelaram uma significativa trajetória ascendente até 2019. No primeiro ano de estudo, das 658 inspeções, 41,8% visavam ao licenciamento sanitário. Em 2016, esse número caiu para 23,2%, mas a recuperação foi robusta nos anos subsequentes, atingindo 1008, 1199 e 1235 inspeções em 2017, 2018 e 2019, respectivamente. Porém, uma reviravolta ocorreu em 2020, impulsionada pela pandemia da COVID-19, quando, das 630 inspeções, apenas 140 (22,2%) resultaram em licenças. Este panorama é uma janela para a resiliência e os desafios da agricultura familiar em fase de adversidades externas. Ele reitera a necessidade de investigações contínuas sobre impactos externos no setor, servindo como um guia valioso para formuladores de políticas e gestores em tempos de incerteza.