Mestrado Profissional em Educação Profissional e Tecnológica (PROFEPT)
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Navegando Mestrado Profissional em Educação Profissional e Tecnológica (PROFEPT) por Orientador "Doutora Marie Luce Tavares"
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- ItemA construção da identidade étnico-racial de estudantes do Ensino Médio Integrado na Educação Profissional e Tecnológica(2024-10-04) Vilaça, Márcia Margarida; Doutora Marie Luce TavaresEsta dissertação tem como foco a investigação da construção da identidade étnico-racial dos(as) estudantes do Ensino Médio Integrado inseridos(as) por meio de políticas de ações afirmativas nos processos seletivos do Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG) – Campus Ouro Branco. O principal objetivo foi compreender de que forma esses(as) estudantes percebem sua identidade étnico-racial e identificar os fatores que influenciam esse processo. A metodologia deste trabalho segue uma abordagem qualitativa e foi norteada pela questão: como se dá a construção da identidade negra entre os alunos cotistas raciais do Ensino Médio Integrado? Esta investigação começou com a realização de uma pesquisa documental e bibliográfica, seguida pela coleta de dados, que incluiu a aplicação de questionários on-line. Dentre os resultados obtidos, destaca-se a percepção dos participantes de que uma família exerce um papel essencial na formação da identidade negra, funcionando como um pilar de suporte emocional e referência cultural. Os estudantes também destacaram a escola como um espaço de resistência e preservação cultural, no qual tradições, saberes e valores são transmitidos e reafirmados. Já os coletivos juvenis foram reconhecidos como ambientes fundamentais de socialização, aprendizagem e atuação política, onde são produzidos modos de vida, formas de expressão e identidade. Adicionalmente, constatou-se que a Lei n. 10.639/2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares, a obrigatoriedade do ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira e Africana nas escolas, não está sendo devidamente implementada na instituição, o que compromete a compreensão do racismo e o fortalecimento das identidades negras. Como produto educacional decorrente da pesquisa, foi desenvolvido o jogo de cartas Espelho, Espelho Meu, Quem Sou Eu? voltado para professores, facilitadores, mediadores culturais, ativistas, formadores de opinião bem como por qualquer pessoa interessada em promover discussões sobre identidade, racismo e diversidade em espaços educacionais e sociais.
- ItemEducação Profissional e Tecnológica e suas possibilidades: entre estratégias e desafios, a implantação do Ensino Médio em tempo integral profissional em Minas Gerais(2022-09-23) Alves, Claudete Aparecida; Doutora Marie Luce TavaresO Ensino Médio no Brasil vem sendo discutido desde o período imperial, incluindo o âmbito da Educação Profissional Tecnológica, Educação Integral e Integrada. Nos últimos anos, iniciou-se o movimento da Reforma do Ensino Médio, a qual, apesar de muitas controvérsias, encontra-se aprovada dentro das Políticas Públicas Nacionais. Esta pesquisa buscou analisar as estratégias e desafios da implantação do Ensino Médio em Tempo Integral (EMTI) profissional de uma Escola Estadual localizada no interior de Minas Gerais; compreender a trajetória da implantação na contribuição para ingresso neste novo modelo; e analisar a formação docente para a implantação do novo Currículo Referência do Ensino Médio. Para o desenvolvimento do estudo, foi necessário um aprofundamento em referenciais teóricos, que permearam os conceitos de Educação Profissional Tecnológica, Educação Integral, Ensino Médio, História do Ensino Médio no Brasil, Reforma do Ensino Médio, concepções de currículo e organização da arquitetura curricular. A metodologia utilizada foi um estudo de caso, pesquisa bibliográfica e de campo, por meio dos instrumentos: caderno de observações, questionários (Google Forms) e entrevistas semiestruturadas. Mediante os dados analisados, foi constatado que a comunidade escolar e seus sujeitos vivenciaram vários desafios desde a necessidade de transporte escolar para os estudantes, a organização do quadro de horários, a nova arquitetura curricular, com a Formação Geral Básica e os Itinerários Formativos, a adequação das funções do corpo docente aos horários distintos das diferentes redes de ensino, a realização deficitária de formações dos profissionais, principalmente para desenvolvimento das atividades integradoras e os componentes da Formação do Curso Técnico em Informática (5º itinerário), o processo de comunicação, interesse, matrícula e permanência dos estudantes no novo modelo de ensino, até o desafio das atividades terem sido iniciadas no período da pandemia da COVID-19.
- ItemRepensando o currículo do Ensino Médio Integrado: o des(encontro) entre o dito e o feito para uma Educação Libertadora Antirracista(2025-03-26) Marciano, Daiane Aparecida Mesquita; Doutora Marie Luce TavaresEsta investigação, em seu cerne, analisa se há uma construção de um currículo antirracista no Projeto Pedagógico dos Cursos (PPCs) do Ensino Médio Integrado de um Campus do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais. Nesse cenário, é importante considerar que a Lei 10.639/2003, alterada para a nova Lei 11.645/2008, é um marco político tido como referência dentro do Movimento Negro contemporâneo, embora ainda não suficiente, para o avanço de uma educação antirracista nos currículos escolares. Tem-se, como um dos pressupostos, que os currículos escolares brasileiros – sobretudo os PPCs direcionados aos estudantes do Ensino Médio Integrado nos Institutos Federais – estão distantes de um currículo antirracista. Ao discutirmos o tema da educação antirracista, almejamos a construção de um currículo escolar que seja mais abrangente em relação às questões étnico-raciais, em especial em consonância com a Lei 11.645/2008. Nesse contexto, este estudo possibilita, através de uma abordagem qualitativa, por meio da Análise de Conteúdo, uma análise nos currículos, além de entrevistas semiestruturadas com docentes e coordenadores de curso da instituição, promovendo, desse modo, uma contribuição significativa à formulação de um currículo de natureza antirracista, especificamente direcionado ao âmbito do Ensino Médio Integrado, o qual, em sua interação com a esfera da Educação Profissional e Tecnológica, seja capaz de fortalecer uma abordagem educacional voltada à omnilateralidade e formação integral para os discentes. Com base nesse contexto, uma das empreitadas desta pesquisa consistiu no desenvolvimento da Cartilha “A mudança começa em mim: Cartilha de introdução ao Letramento Racial”, um produto educacional que se destina a servir como um recurso de auxílio para professores, educadores e demais profissionais da área educacional. Assim, o produto educacional propõe-se a atender à exigência da CAPES, alojando-se ao macroprojeto de “Organização do Currículo Integrado na EPT”, incluído à linha de pesquisa “Organização e Memória de Espaços Pedagógicos na EPT”. Em virtude de sua natureza pedagógica, a cartilha trouxe estratégias antirracistas, delineadas com o propósito de auxiliar os docentes no que tange à elaboração dos conteúdos em sala de aula, alinhando o ensino a um substrato teórico para a abordagem das questões étnico-raciais. Por fim, esta pesquisa trouxe, como resultado, relatos de coordenadores e de docentes que apontam para uma ausência de formação continuada que lhes permitisse – até mesmo – um trabalho com as relações étnico-raciais em sala de aula, o que podemos encarar, de repente, como um silenciamento da própria instituição com esse trabalho, já que é importante que a instituição, sempre, posicione-se sobre o assunto e fortaleça políticas e projetos que envolvam os discentes e toda a comunidade acadêmica em temas raciais – não somente o racismo, mas a valorização da comunidade negra, a história, a cultura e as visões identitárias – inclusive núcleos como o NEABI – que ocorre e existe na instituição. O caminho, portanto, é muito longo, e envolve diferentes atores: desde a direção, como um fator institucional, até os próprios alunos, os quais, muitas vezes, se veem apagados no próprio currículo. Dessa forma, a instituição – alunos, professores, direção, comunidade externa e os próprios pesquisadores – devem se unir na promoção de uma educação antirracista, para que o dito e o feito possam andar juntos.