Fitotoxicidade do mercúrio durante a propagação sexuada de Sapindus Saponaria L.

Data
2014-06-24
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Resumo

A contaminação do solo por metais pesados é hoje um dos maiores problemas ambientais. A situação é mais preocupante em áreas de mineração e processamento de metais. A identificação e uso de espécies autóctones fitorremediadoras e, ou bioindicadoras, minimiza custos e permitem uma recuperação mais eficiente de solos contaminados. A espécie Sapindus saponaria L. é uma espécie arborea nativa utilizada na recuperação de areas degradadas e arborização urbana. A dormência física causada pela impermabilidade do tegumento está presente nas sementes desta espécie. Este fenômeno é uma estratégia evolutiva de algumas espécies que distribui a germinação no tempo garantindo sua perpetuação. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de diferentes concentrações de HgO e da escarificação mecânica na germinação e desenvolvimento de plântulas da S. saponaria. O experimento foi instalado em DIC com quatro repetições de 25 sementes, no esquema fatorial 4 x 2, sendo estudado o efeito de quatro concentrações de HgO em vermiculita e de dois pré-tratamentos. Avaliaramse atributos relacionados à germinação e desenvolvimento de plântulas. Realizaram-se teste F, análise de regressão e teste t pareado, todos a 5,0 % de significância estatística. A escarificação mecânica do tegumento com esmeril elétrico favoreceu a embebição das sementes (100,0 %), germinação (85,25 %) e emissões de raízes secundárias (70,0 %) e de parte aérea (76,25 %). A presença de mercúrio na vermiculita prejudicou o desenvolvimento das plântulas. Conclui-se que a escarificação mecânica do tegumento com esmeril elétrico pode ser indicado para superar a dormência das sementes de S. saponaria. Esta espécie pode tolerar pequenas concentrações de HgO (0,0045 g/cm3 ) sem causar danos a seu crescimento e acúmulo de massa verde.


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