Diagnóstico climatológico do Parque Estadual do Rio Doce-PERD
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Resumo
O presente estudo realizou um diagnóstico climático do Parque Estadual do Rio Doce-PERD, sendo o parque uma das últimas áreas de Mata Atlântica preservada em Minas Gerais. Trata-se de um estudo inédito, que foi conduzido com base na análise de fatores climáticos como latitude, altitude, continentalidade, maritimidade, massas de ar e elementos climáticos como precipitação e temperatura. O objetivo do estudo foi diagnosticar a estação chuvosa e os períodos de veranicos e associá-los a padrões atmosféricos característicos para a estação chuvosa no Estado de Minas Gerais. Para tanto, utilizou-se as bases de dados do IGAM e INMET, em um período de onze anos (2005-2015). Através do método proposto por Thorthwaite e Matter (1955), adaptado por Rolim (1998), desenvolveu-se gráficos de balanços hídricos decendiais climáticos para as quatro estações meteorológicas: Ipatinga, Timóteo, Caratinga e PERD, a fim de diagnosticar os excedentes e deficiências hídricas. Para identificar a espacialização das chuvas e temperaturas no PERD, utilizou-se o programa ArcGis 10.5, e para caracterizar os aspectos dinâmicos empregou-se o programa Grads 2.0. Verificou-se que os excedentes hídricos apareceram a partir do 3° decêndio de outubro e os excedentes com maiores volumes estavam nos decêndios de dezembro e janeiro; nos decêndios de fevereiro, a presença de veranicos climáticos foi identificada. Na espacialização das chuvas e temperaturas detectou-se que o maior volume de precipitação e as maiores temperaturas ficaram localizados na parte norte-noroeste-nordeste. Os sistemas atmosféricos como Zona de Convergência da América do Sul-ZCAS e Alta da Bolívia-AB são responsáveis pelas intensas chuvas em dezembro e janeiro; já os sistemas que causam ausência de precipitação são: Anticiclone Subtropical do Atlântico Sul-ASAS e Cavado no Nordeste-CN. No mês de fevereiro essa ausência de chuva recebe o nome de veranico e atua na América do Sul e no estado de Minas Gerais. Pode-se concluir que os sistemas atmosféricos atuantes no PERD influenciam a estação chuvosa que tem início em outubro e vai até o mês de março.