A madeira, está sujeita à ação de agentes deterioradores, com destaque para os fungos apodrecedores que a utilizam como principal fonte de alimento, causando danos em sua estrutura. Um parâmetro que determina a resistência da madeira à ação desses agentes é a sua durabilidade natural, parâmetro este que pode variar tanto entre espécies quanto dentro de uma mesma árvore. O tratamento preservante é uma alternativa para a utilização de espécies que apresentem baixa durabilidade natural, como por exemplo espécies do gênero Eucalyptus. De tal forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da biodeterioração causada pelo fungo xilófago Schizophyllum sp. em mourões de eucalipto tratados e não tratados, em condições controladas de laboratório. O experimento foi conduzido em delineamento inteiramente casualizado (DIC) em arranjo fatorial 2x2 (com e sem tratamento preservante x alburno e cerne) contendo 5 repetições. Corpos de prova foram submetidos à ação do fungo Schizophyllum sp. e mantidos em incubadora B.O.D. (Biochemical Oxygen Demand) por 12 semanas. Após este período determinou-se a perda de massa para classificação da resistência da madeira ao fungo xilófago. O alburno sem tratamento preservante foi a posição mais deteriorada, sendo classificado como Resistente ao ataque do fungo, enquanto os demais tratamentos foram classificados como Muito Resistentes. Os resultados obtidos sugerem a necessidade de tratamento preservativo de mourões de eucalipto visando o aumento de sua durabilidade à ação de organismos xilófagos.