Gigantismo e o impacto para o bezerro e fêmea bovina: relato de caso
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Resumo
O gigantismo em bovinos é uma anormalidade caracterizada por tamanho e peso acima do normal, possuindo diversas denominações, como síndrome do bezerro gigante, síndrome do neonato gigante, entre outras. Esse distúrbio tem grande relevância econômica para os pecuaristas, pois aumenta o risco de distocias, o que pode resultar em hipóxia fetal e lesões neurológicas na vaca. Essas complicações afetam sua capacidade motora, comprometem a habilidade de amamentar e dificultam a ingestão do colostro pelo bezerro.Além disso, as distocias favorecem complicações pós-parto, como retenção de placenta, hipocalcemia e metrite, o que impacta negativamente a entrada da vaca na lactação. O manejo pós-parto, de colostragem, cura do umbigo, boas condições de higiene e conforto físico e térmico são primordiais para garantir que os primeiros momentos de vida do bezerro sejam menos desafiadores e contribuam para seu maior desenvolvimento. A descrição do caso tem como objetivo relatar um caso de gigantismo em neonato, resultante do cruzamento por inseminação artificial entre uma vaca Girolando F1 com Touro Tabapuã. O caso levou à ocorrência de distocia, com subsequente eutanásia da mãe, após o parto, e do bezerro, que enfrentou uma série de complicações clínicas, incluindo pneumonia, TPB, artrite e onfalite, culminando em eutanásia após 30 dias de vida. Falhas no manejo de colostragem contribuíram para as complicações do bezerro, que, apesar de tratamento, não apresentou resposta eficaz. Os achados de necropsia indicaram alterações nos pulmões, articulações, fígado e estrutura umbilical. O manejo adequado, especialmente no que se refere à colostragem e ao auxílio durante o parto, é essencial para reduzir as complicações pós-parto e minimizar a mortalidade materna e neonatal, contribuindo para a redução dos prejuízos econômicos para o produtor.