Bacharelado em Agronomia

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Levantamento do componente arbóreo do sistema Integração Lavoura- Pecuária- Floresta do IFMG campus Bambuí
(0021-06-23) Alvarenga, Laura Eduarda Leandro; Professora Mestre Maria Carolina Gaspar Botrel
A busca por uma agricultura sustentável tem impulsionado o uso de sistemas integrados de cultivo, nos quais as atividades agrícolas, florestais e pecuárias (ILPF) são incorporadas em uma mesma unidade de produção, visando a harmonização entre os componentes do agroecossistema. No contexto do componente florestal, utiliza-se em sua maioria o eucalipto. O presente estudo teve como objetivo o levantamento do componente arbóreo do sistema Integração Lavoura Pecuária do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais (IFMG) – campus Bambuí. As informações levantadas foram o número de plantas existentes na área, espaçamento no qual as plantas estão submetidas, material vegetal implantando (clone), idade das plantas, diâmetro do peito e altura de todas as árvores. De posse das informações levantadas, foi observado que o material vegetal implantando na área são dois clones de Eucalipto - I144 e Super clone - na idade de 10 anos. Foram mensuradas 170 árvores nesse levantamento, sendo notado que estas árvores estão dispostas em arranjos de fileiras simples e duplas, com espaçamentos variados. Os renques das filas duplas estão espaçados em 13m, independente do espaçamento entre e dentro das linhas às quais foram plantadas. As filas duplas apresentam espaçamento de (3,4x3,1 m) + 13 m com um DAP médio de 26,11 cm e altura média de 23,42 m; outro espaçamento encontrado foi de (3,4x3,3 m) + 13 m com DAP e alturas médias de 27,37 cm e 25,36 m, respectivamente, e no espaçamento de (3x2,8 m) + 13 m com a média de DAP de 29,06 cm e altura média de 26,27 m. No que diz respeito às linhas simples, não foi possível mensurar o espaçamento das árvores e dos renques. Foi medido DAP de três fileiras, apresentando DAP médio de 32,73 cm, 31,59 cm e 36,04 cm.
Avaliação da incidência de ferugem do cafeeiro em relação ao alinhamento de plantio
(2021-05-04) Morais, Diego Henrique Chaves; Doutor Marcelo Loran de Oliveira Freitas
A cafeicultura apresenta grande importância social e econômica tanto Brasil quanto no mundo, entretanto diversas doenças prejudicam esta cultura. Entre elas, a ferrugem do cafeeiro, causada pelo fungo Hemileia vastatrix, é considerada como uma das mais prejudiciais. Dentre os fatores que interferem o ciclo desta doença, as condições ambientais, que nem sempre se manifestam de maneira uniforme em toda a extensão da planta, apresentam-se como um dos mais importantes, exigindo reflexões. Com o objetivo de avaliar a incidência da ferrugem do cafeeiro em relação aos terços e lados da planta, o presente trabalho foi realizado na fazenda Água Limpa, no município de Campos Altos, Minas Gerais. O experimento foi realizado em nível de campo em uma lavoura de café (C. arabica. L.), cultivar Catuaí Amarelo IAC 62, com 10 anos de idade, implantada no espaçamento de 3,6 m x 0,8 m, em sistema convencional de manejo. O delineamento utilizado foi inteiramente casualizado (DIC), seguindo o esquema com quatro tratamentos (face norte, face sul, terço médio e terço inferior) e 640 repetições. Foram realizadas 3 avaliações, sendo que cada avaliação foi feita nas 640 plantas marcadas na gleba homogenia, onde foi conduzido o experimento. Cada planta foi avaliada no terceiro ou quarto par de folhas, em dois ramos no terço inferior e dois ramos no terço médio, em ambas as faces, (face voltada para o norte, e face voltada para o sul). Sendo assim, foram analisados 8 pares de folhas em cada planta. Nas análises de cada par de folha, avaliaram-se a presença e a ausência de sinais da doença, caracterizadas como presença de estruturas do fungo na planta (esporulação). Após a obtenção e o processamento dos dados, obteve-se a seguinte conclusão: o terço inferior das plantas avaliadas apresentou maior incidência de ferrugem do cafeeiro (Hemileia vastatrix), em comparativo com o terço médio na fase inicial da epidemia. Já as faces de exposição da planta, voltadas para o sul e para o norte, não apresentaram diferenças significativas quanto à incidência da doença. Quando analisada a planta no geral, a doença apresentou uma curva de progresso ascendente, apresentando um maior número de plantas infectadas a cada avaliação realizada.
Correlações entre o teor de nutrientes e a incidência de cercosporiose do cafeeiro (Cercospora Coffeicola)
(2021-05-04) Oliveira, Fabíola Chave; Doutor Marcelo Loran de Oliveira Freitas
O objetivo deste trabalho foi avaliar a correlação entre nutrição e incidência de cercosporiose do cafeeiro (Cercospora coffeicola), realizando análise foliar em amostras provenientes de diferentes lavouras em produção ou formação dos municípios de Camacho, Cristais, Campo Belo e Aguanil, na região Sul de Minas Gerais. O experimento foi conduzido nos laboratórios do IFMG Campus Bambuí, onde as amostras de folhas foram secas, moídas e encaminhadas para análise química. Em seguida, os resultados obtidos foram comparados a valores da literatura, analisados e discutidos. Foi concluído que de forma geral, o equilíbrio nutricional possui relação direta com a incidência da cercosporiose, o desequilíbrio nutricional foi o principal fator agravante da doença.
Desenvolvimento de uma Aeronave Remotamente Pilotada (RPA) para aplicação de agrotóxico
(2021-05-05) Silva Neto, Jorge Olindo; Dr. Robson Shigueaki Sasaki
Visto que a demanda por pulverizações de agrotóxicos de forma total ou localizada está crescendo em todo o planeta devido à agricultura estar em grande ascensão, o presente trabalho teve como objetivo desenvolver uma aeronave remotamente pilotada (RPA) para a aplicação de agrotóxicos. Foi construída com poliestireno extrudado de 5 mm e isopor t7. Após a construção da RPA, foi instalado um sistema de pulverização hidráulica. O sistema foi dotado com bomba da marca CFACIL, modelo Robótica; tanque com capacidade de 350 mL e pontas Jacto®, cone vazio, modelo JD12 P. Em seguida, realizaram-se testes de eficiência de aplicação, principalmente para averiguar a faixa útil de aplicação. Montou-se um experimento, em condições de laboratório, em delineamento inteiramente casualizado, em esquema fatorial (3X7), três alturas de voos (1,0; 2,0 e 3,0 m) e sete posições de etiquetas hidrossensíveis no solo (-1,5; -1,0; -0,5; 0,0; +0,5; +1,0 +1,5m). O pulverizador foi previamente aferido quanto à vazão de líquido de 160 mL min-1 por ponta e velocidade do voo de 20 km h-1, e as pulverizações foram realizadas nas referidas alturas, na posição 0,0, sendo verificada a deposição nos demais pontos. A referência com sinal negativo trata-se da deposição à esquerda do sentido de deslocamento e sinais positivos da deposição à direita do sentido de deslocamento. Após as pulverizações, as etiquetas foram digitalizadas e submetidas a análise no software ImageTool 3.0, avaliando-se os resultados. A RPA apresentou uma faixa útil de aplicação de 1 m de largura na pulverização com altura de 1 m. Apresentou, também, um custo de produção de R$ 3568,59, sendo que, com devidos testes no final, constatou-se que o sistema desenvolvido é ideal para aplicações localizadas, ou pequenos produtores, uma vez que a capacidade do tanque é limitada. Outro aspecto importante é que o sistema possibilita aplicação em áreas localizadas, principalmente em plantas perenes, em que existe dificuldade na aplicação de agrotóxicos.
Cultivo de espécies frutíferas em sistemas agroflorestais (SAFS): uma revisão sistemática da literatura.
(2021-05-05) Silva, Weliton Luiz Faria da.; Doutor Ricardo Monteiro Corrêa.
A fruticultura brasileira desempenha um papel econômico fundamental em nosso país, sendo que o Brasil é hoje o terceiro maior produtor mundial de frutas, com mais de 1 milhão de toneladas de frutas exportadas no ano de 2020. No entanto, mesmo com essa elevada quantidade de frutas produzidas, nosso país ainda apresenta sérios problemas no que se diz respeito ao cultivo destas espécies. Atualmente, o monocultivo é a principal modalidade de cultivo de espécies frutíferas empregada no País. Assim, o objetivo deste trabalho foi realizar uma revisão sistemática sobre o cultivo de espécies frutíferas em sistemas agroflorestais. Para esta revisão, realizou-se um levantamento em artigos, teses, dissertações e monografias nos bancos de dados eletrônicos Google Acadêmico, Periódicos CAPES, SciELO e Biblioteca Digital Embrapa, publicados em inglês ou português, no período compreendido entre 2000 e 2020. A estratégia de busca baseou-se nos descritores fruticultura, sistema agroflorestal, fruticultura + sistema agroflorestal e Fruit growing + Agroforestry System. Os critérios para análise dos trabalhos foram pertinência do título ao tema, alinhamento do resumo ao tema da pesquisa e disponibilidade do artigo na íntegra na base de dados. Após todas as etapas de seleção, onze trabalhos foram selecionados para inclusão nesta revisão. Para a maioria das variáveis analisadas, os sistemas agroflorestais apresentaram resultados satisfatórios, indicando ser uma metodologia viável para o cultivo de espécies frutíferas. No entanto, a dificuldade de implantação, a falta de informações técnicas, a dificuldade de mecanização e a elevada necessidade de mão de obra são fatores que limitam a expansão deste sistema para todos os cultivos frutícolas do País.
Uso de remineralizadores de solo na produção de hortaliças.
(2021-05-06) Inês, Wayner Assunção.; Doutor Luciano Donizete Gonçalves
Este trabalho buscou apresentar os principais efeitos do uso de remineralizadores de solo na produção de hortaliças, as quais são plantas importantes, mas que demandam um grande uso de fertilizantes. O País é dependente da importação destes, o que torna o custo de produção mais caro; no entanto, existem outras fontes, outras alternativas, como os remineralizadores, que têm importância na aplicação de minerais ricos em nutrientes no solo. O objetivo do estudo foi verificar, por meio de estudos bibliográficos, qual a importância do uso de remineralizadores de solo como adubação complementar na produção de hortaliças, além de, especificamente, apresentar o potencial do uso da remineralização do solo na produção destas, verificando a dinâmica dos atributos químicos do solo e sua eficácia frente aos remineralizados do solo. A metodologia utilizada tem caráter de estudo bibliográfico, no qual foram observados trabalhos com diferentes culturas, onde, em algumas, ocorreu o efeito remineralizador, e, em outras, não. Pôde-se concluir que, diante dos trabalhos apresentados, há um grande potencial e resultados significativos para algumas culturas, sendo promissores, indicando que o uso de remineralizadores pode ser interessante, partindo do princípio econômico da disponibilização de nutrientes para a planta.
Aspectos técnicos da vernalização na produção do alho.
(2021-05-06) Rodrigues, Pedro Henrique Teixeira.; Doutor Luciano Donizete Gonçalves
O alho (Allium sativum L.) é uma cultura olerícola que, ao longo das últimas décadas, tem sido muito explorado no país e no mundo, em função do grande consumo mundial, com grande participação na alimentação. O Brasil, mesmo sendo um país sem clima favorável para essa cultura ter seu desenvolvimento, é um produtor de alho comercial, mas, atualmente, ainda não é capaz de suprir toda a demanda do mercado consumidor interno, sendo necessário, então, um grande volume de importação. Alguns desafios encontrados por produtores de alho são notáveis no Brasil, principalmente nas regiões produtoras de clima tropical, pois se trata de uma cultura com exigências fisiológicas que dependem de condições climáticas adequadas para seu desenvolvimento natural. Existem três grupos de cultivares que podem ser plantadas no Brasil - as de ciclo precoce, médio e tardio, sendo que esta última apresenta uma alta exigência em fotoperíodo longo e temperaturas baixas, para que a bulbificação ocorra de forma natural em campo. Este grupo de cultivares também é o que apresenta a produção mais desejável, com bulbilhos mais graúdos e alta conservação pós-colheita. Para este grupo, a vernalização é muito utilizada no tratamento do alho-semente, consistindo o tratamento deste em câmaras frias para indução da bulbificação nestas cultivares que não apresentariam a bulbificação em condições naturais de cultivo no Brasil. O objetivo deste trabalho foi realizar uma revisão bibliográfica mostrando resultados com desempenho do alho-semente em diversas regiões do País, submetidas ao emprego de diferentes faixas de temperatura na vernalização positiva e negativa em câmara fria. Observou-se que, tradicionalmente, utiliza-se a técnica com emprego de temperatura de 3 °C a 4 °C, por um período de 40 a 60 dias, o que garante a bulbificação e uma redução considerável no ciclo da cultura. Por outro lado, mais recentemente, têm sido empregadas faixas de temperaturas negativas, variando de -1 °C a -3 °C, o que proporcionou um aumento considerável na produtividade e um aumento do ciclo da cultura. Observa-se assim que, embora a vernalização já tenha sido empregada há algum tempo, com aplicação de uma faixa de temperatura positiva, novos trabalhos demonstram a viabilidade de alteração com grande efeito na produtividade da cultura, o que carece ainda de novas pesquisas para melhor comprovação dos seus efeitos e vantagens.
Efeito da utilização de adubação verde de gramíneas e leguminosas e melhorias geradas no perfil do solo.
(2021-05-07) Silva, Lucas Canuto da; Doutor Cássio Roberto Silva Noronha
A adubação verde tem sido muito usada para recuperação de áreas degradadas. Essa prática consiste em aumentar o teor de matéria orgânica no solo com a finalidade de trazer melhorias físicas, químicas e biológicas. Devido ao fato da utilização inadequada dos solos dispostos para a agricultura, seja por falta de conhecimento ou por negligência ao utilizar os recursos, há dificuldade em realizar algumas melhorias após a deposição de biomassa no terreno. A utilização da adubação verde gera benefícios ao sistema de produção agrícola, além de conservar os recursos naturais. Também é uma prática utilizada para recuperação de áreas degradadas por pastagens ou áreas que têm suscetibilidade à erosão.
Caracterização agronômica de variedades de mangarito.
(2021-05-07) Nascimento, Maicon Heitor do; Doutor Luciano Donizete Gonçalves.
As hortaliças são muito importantes na alimentação humana, pois são fontes de fibras, sais minerais, vitaminas e outros elementos essenciais para o funcionamento dos organismos. A olericultura possui uma ampla variedade de espécies, mas algumas culturas caíram em desuso pela população. Essas culturas que caíram em desuso são conhecidas como PANC’s – Plantas Alimentícias Não Convencionais, e podem ser definidas como plantas que não são popularmente conhecidas em nossos cardápios, sendo alimentos essenciais ao nosso organismo, fornecendo antioxidantes, fibras, vitaminas e sais minerais. As hortaliças não convencionais já estiveram presentes nos pratos dos antepassados de algumas regiões, mas seu consumo reduziu consideravelmente. Devido à expansão populacional e em consequência do aumento da demanda por alimentos, faz-se necessária a procura por alimentos alternativos e o mangarito é uma delas, por ser fonte de carboidratos. Apesar de ser uma planta com características nutricionais muito importantes, ainda são escassas as informações técnicas sobre essa cultura. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho foi avaliar características agronômicas de diferentes variedades de mangarito. O experimento foi realizado em Delineamento de Blocos Casualizados, com quatro tratamentos e cinco repetições, totalizando 20 unidades experimentais. As variedades utilizadas foram: mangarito roxo (proveniente da região de Cajati), mangarito roxo (proveniente da região de Paraibuna, SP), mangarito amarelo (proveniente da região de Catanduva) e mangarito amarelo (proveniente da região de Bambuí). O plantio foi realizado em linha única com espaçamento de 30 cm entre as plantas. Foram realizadas adubações iguais para todos os tratamentos, fornecendo 5,2 gramas de cloreto de potássio e 7,0 gramas de ureia por planta. A colheita foi realizada 250 dias após o plantio e coletadas as três plantas centrais de cada parcela, sendo essas levadas para o Laboratório Genético de Plantas para realizar as avaliações. As características analisadas foram: produção por planta, peso de rizomas, diâmetro maior, diâmetro menor e número de rizomas por planta. A análise estatística dos dados identificou diferenças significativas entre as variedades para todas as características analisadas. As variedades mangarito roxo de Paraibuna, SP e mangarito roxo de Cajati se destacaram para as seguintes características: produção por planta, peso de rizomas e diâmetro maior, sendo que o mangarito roxo de Paraibuna, SP também se destacou para o diâmetro menor. Já na análise para número de rizomas por planta, os mangaritos amarelos de Catanduva e de Bambuí foram os que apresentaram os maiores valores.
Mecanismos de defesa ao déficit hídrico em plantas de pimenta, do gênero Capsicum spp.
(2021-05-07) Gouvêia, Marcelo Antônio de Sousa.; Doutora na Cardoso Clemente Filha Ferreira de Paula.
A olericultura é um dos setores agrícolas que mais se destacam no Brasil, principalmente por ter uma grande importância social, econômica e alimentar no país. Dentre as hortaliças produzidas, a pimenta se destaca, pois apresenta grande importância na indústria alimentícia, cosmética e farmacêutica, a qual é produzida principalmente pela agricultura familiar. No ciclo produtivo de olerícolas, a água é utilizada em todas as fases, fornecida através de sistemas de irrigação e a demanda hídrica do Brasil apresenta previsões de um incremento crescente. Alémdo aumento da demanda, as mudanças climáticas são fatores que podem limitar a produção agrícola em números expressivos, em especial, a seca. Portanto, em condições de déficit hídrico as plantas ativam mecanismos fisiológicos, metabólicos e morfológicos de defesa ao déficit hídrico, como estratégia para tolerar, adaptar ou se aclimatizar diante das situações descritas acima. Desta maneira, diversos grupos de pesquisa de melhoramento genético em pimenta, têm buscado selecionar indivíduos adaptados ao déficit hídrico. Assim, o objetivo deste trabalho foi apresentar dados sobre a cultura da pimenta e os principais mecanismos de tolerância das plantas ao déficit hídrico.
Vantagens e desafios da utilização da irrigação em áreas cultiváveis do Brasil: uma revisão bibliográfica
(2021-05-24) Andrade, Felipe Antonio; Flávio Vasconcelos Godinho
Essa revisão objetivou reunir informações de trabalhos e pesquisas desenvolvidas para os diversos sistemas de irrigação no Brasil. A irrigação é uma técnica criada, a partir da necessidade das civilizações antigas, como a do antigo Egito, que aproveitava a riqueza do Rio Nilo para melhorar a produção de alimentos naquela época, já que a população crescia e segue crescendo até os dias atuais. Os métodos utilizados nesse tipo de manejo de irrigação facilitam o fornecimento de água, de forma adequada e uniforme, e favorecem o desenvolvimento das plantas. Para melhorar o desenvolvimento das plantas, a irrigação auxilia na manutenção da umidade do solo cultivado, resultando em um aumento da produtividade. Os valores necessários para realizar a implementação ou expansão da agricultura irrigada não são baixos e, dessa forma, é necessário se fazer uma análise econômica já que nem sempre o produto de preço inferior compensa financeiramente a longo prazo. Dessa forma, a seguinte revisão bibliográfica tem como objetivo reunir informações sobre as pesquisas desenvolvidas para o sistema de irrigação por aspersão, gotejamento e autopropelido, além de mostrar a importância da gestão dos recursos hídricos e das boas práticas de irrigação para o alcance de melhores resultados nas atividades agrícolas. Pretende-se também discutir qual o método de irrigação mais economicamente viável em função do tamanho da área, da cultura utilizada e porque alguns produtores ainda têm resistência em implementar tais técnicas em suas propriedades
Estratégias de adubação visando à biofortificação com zinco em grãos de feijão da cultivar carioca BRS MG Uai
(2023-06-19) Vasconcelos, Ana Clara Nunes .; Ana Cardoso Clemente Filha Ferreira de Paula.
O zinco é um nutriente que precisa estar presente em quantidades adequadas na dieta da população, mas nem sempre isso ocorre devido à dificuldade de acesso a alimentos que o forneçam. O enriquecimento de grãos de feijão com zinco, por meio da biofortificação agronômica, pode ser uma estratégia interessante, visto que o feijão é um alimento básico que está presente na dieta de uma parcela significativa da população brasileira. Este trabalho objetivou avaliar o comportamento agronômico da cultivar de feijão carioca BRS MG Uai, bem como o enriquecimento com zinco de seus grãos, quando submetida a diferentes estratégias de adubação. Para isso, foi instalado um experimento em 01/03/2021 no CDTT /DAG – UFLA, em Ijaci - MG, em esquema fatorial 3x4, três adubos de base (350 kg.ha-1 (NPK) 04-28-08, 350 kg. ha-1 de (NPK) 04-28-08, com 10% de zinco no grânulo, 350 kg.ha-1 de (NPK) 04-28-08, associado a 50 kg.ha-1 de sulfato de zinco heptahidratado) e quatro estratégias de adubação foliar (não aplicação, aplicação de 5 kg.ha-1 de sulfato de zinco heptahidratado, 6,67 kg.ha-1 de quelato de zinco EDTA e 2,5 L.ha-1 de óxido de zinco). As adubações foliares foram divididas em duas doses iguais (metade em cada aplicação), nos estádios R5 (pré-floração – 03/04/2021) e R8 (enchimento das vagens - 26/04/2021). O delineamento foi em blocos ao acaso, com 4 repetições, com as parcelas formadas por quatro linhas de 4 metros de comprimento, espaçadas 0,5 metro entre si, sendo colhidas como parcela útil as duas linhas centrais. Na colheita (28/05/2021), foram coletadas 10 plantas ao acaso, com as quais foram determinados os componentes de rendimento, n° de vagens por planta, n° de grãos por vagem e massa de cem sementes. Os grãos colhidos tiveram sua umidade determinada para posterior correção, separando-se uma amostra de 100 gramas que foi submetida a peneiras, sendo avaliada a retenção em peneira 12, 11 e resíduo de fundo para os grãos. O rendimento de grãos foi determinado após ser ajustado para 13% de umidade. Para a avaliação de zinco nos grãos, eles foram devidamente moídos e enviados para o laboratório, que, por meio da metodologia de digestão nitroperclórica e determinação pela ICP-OES, definiram-se os teores de zinco. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância, e o efeito dos tratamentos foi verificado pelo teste de F a 5% de significância. Os resultados obtidos demonstraram que não houve diferenças estatísticas para as análises componentes de rendimento e retenção de peneiras, o que, provavelmente, está associado ao fato de o cultivo ter ocorrido em período de rigoroso déficit hídrico, com pluviometria total no ciclo de cultivo de 105,1 mm, sendo 95,4 apenas no mês de março. Entretanto, para o teor de zinco nos grãos, foi possível constatar que as diferentes fontes de adubo foliar possibilitaram aumento significativo, em que todos se apresentam como superiores à testemunha.
Inibição da germinação dos esporos da Phakopsora Pachyrhizi pelos mesmos fungicidas aplicados em campo para o controle da Ferrugem-Asiática na cultura da soja
(2023-06-19) Junior, Carlos Pedro de Morais; Marcelo Loran de Oliveira Freitas
O setor agrícola brasileiro tem forte influência da soja, sendo ela uma das culturas mais importantes em termos de economia nacional. No entanto, a incidência de doenças compromete a produtividade, e, entre elas, a mais severa com a cultura é a ferrugem-asiática, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi. Uma das principais medidas de controle da ferrugem é a utilização de fungicidas, mas, com a intensidade e repetitividade do uso, o fungo vem desenvolvendo certa resistência. Por isso, torna-se importante a realização de testes a fim de se constatar essa resistência, visando à busca por soluções. A fim de contribuir com um recorte local sobre o tema, a presente pesquisa objetivou avaliar a eficiência de fungicidas sobre a ferrugem na cultura da soja. Para isso, testou a eficácia em inibição de germinação dos esporos da ferrugem de três fungicidas bastante utilizados na região em que ocorre o experimento: Alade, Score Flexi e Cypress 400 EC, todos da Syngenta. Trata-se de uma pesquisa quantitativa, descritiva e experimental, cujo método é caracterizado pelo teste da folha destacada, indicado pelo Comitê de Ação à Resistência a Fungicidas (FRAC), com análise dos produtos em laboratório por meio de teste de germinação in vitro. Constatou-se que a eficácia dos fungicidas testados foi majoritariamente alta, tendo somente o Cypress 400 EC em dosagem de 1,1 ppm não atingido 100% de inibição de germinação. O mesmo fungicida, quando em dosagem de 2,3 ppm, apresentou eficácia total. Os potenciais causas apontadas para os demais fungicidas não terem sua eficácia também reduzida na mesma dosagem foram a presença da carboxamida benzovindiflupir no Alade e o provável desenvolvimento de maior resistência ao ciproconazol do que ao propiconazol do Score Flexi pelo fungo, nessa lavoura. Foi observado resultado controverso na comparação entre Cypress e Score Flexi, indicando ser interessante a realização de testes futuros, na mesma e em outras lavouras.
Levantamento da temática ambiental dentro do curso de Agronomia do IFMG - Campus Bambuí
(2023-06-20) Lívia Pereira Batista; Maria Carolina Gaspar Botrel; Claudia Aparecida de Campos
A temática ambiental vem ganhando cada vez mais visibilidade da sociedade, que tem se interessado por um desenvolvimento mais sustentável do planeta Terra. O conhecimento deste assunto é muito importante para estudantes do curso de Agronomia, dado às características necessárias para sua atuação profissional. Dessa forma, este trabalho teve como objetivo analisar se as informações referentes à temática ambiental dentro do curso de Agronomia do IFMG – Campus Bambuí contribuem para a formação deste profissional. Foram levantados e analisados documentos referentes ao ensino, projetos de pesquisa e projetos de extensão do curso. De todas as disciplinas obrigatórias ofertadas no curo, oito listadas no Projeto Pedagógico do Curso estão relacionadas às questões ambientais. Dentre as disciplinas optativas, são apresentadas duas disciplinas como possibilidade para o estudante aprofundar seus conhecimentos na temática ambiental. Com relação aos projetos, em cinco projetos de pesquisa e nove projetos de extensão, com caráter ambiental, houve a participação de alunos da Agronomia. O Campus oferece ao aluno oportunidades de aprofundar seus conhecimentos e a conscientização da temática ambiental, por meio de Projetos de Pesquisa e de Extensão, alinhados com os conteúdos das disciplinas de ensino.
Extratos de algas no desenvolvimento inicial de cana-de-açúcar
(2023-06-20) Pereira, Jonas Henrique Sena; Ana Cardoso Clemente Filha Ferreira de Paula
A cana-de-açúcar tem importante participação no agronegócio brasileiro, sendo uma alternativa ao uso de combustíveis fósseis. Contudo, o setor produtivo ainda busca por novas soluções que favoreçam o aumento de produtividade aliado à sustentabilidade. Dentre as diferentes alternativas sustentáveis, pode-se destacar o uso de extratos de algas como biofertilizantes. Para a cana-de-açúcar, alguns estudos com extratos de algas disponíveis, no entanto, julgamos que ainda são incipientes, especificamente, tentando compreender o efeito dos extratos de algas em processos fisiológicos da cultura. Nesse contexto, o trabalho teve como objetivo estudar a influência dos extratos de algas no desenvolvimento inicial da cana-de-açúcar. Para tanto, foram consideradas dois extratos, o primeiro, uma composição de Lithothamnion calcareum (Auge®), e o segundo, Hypnea musciformis e Ascophylum nodosum (Biomax Nitro Plus ®). Estes dois produtos foram submetidos a três doses, em quatro variedades de cana-de-açúcar, sendo elas: IACCTC07-8044, RB 975201, RB966928, RB975242. O experimento foi conduzido em casa de vegetação durante 140 dias, sendo que, em 35, 70, 105 e 140, foram coletadas as variáveis biométricas, tais como número de colmos, altura do colmo central e diâmetro. A interação de extratos de algas no crescimento inicial da cana-de-açúcar foi estudada, apresentando uma superfície de respostas para as variedades. Considerando as situações em que existe efeito significativo, as variedades IACCTC07-8044 e RB966928 tendem a apresentar maior resposta aos biofertilizantes, e RB975201 apresentou menor resposta à aplicação de Algue® e Biomax Nutri Plus ®. Já nos resultados por variáveis, conclui-se que, para altura de colmo, a presença de Algue® favoreceu as variedades IACCTC07-8044 e RB966928, e Biomax Nutri Plus ® favoreceu RB975242. Contudo, para diâmetro e número de perfilhos, Biomax Nutri Plus ® torna-se o biofertilizante com melhor resposta entre os analisados.
Caracterização de plantas de pimenta na fase reprodutiva em diferentes condições hídricas
(2023-06-20) Santos, Maria Isabela Rodrigues dos; Ana Cardoso Clemente Filha Ferreira de Paula; Luciano Donizete Gonçalves
A alta demanda hídrica na produção de hortaliças e a escassez desse recurso levam à busca por meios para uma diminuição no consumo de água sem, contudo, afetar os índices produtivos. Para as solanáceas, pertencentes ao gênero Capsicum, essa demanda é mais crítica durante a floração e frutificação, pois a falta de água pode resultar na queda de flores e frutos, além de favorecer a ocorrência de anomalias como a podridão apical. Essas olerícolas são amplamente consumidas mundialmente, tendo grande importância socioeconômica, principalmente quando considerada sua produção a partir da agricultura familiar. Diante disso, o objetivo deste trabalho foi caracterizar o comportamento de duas espécies de pimenta submetidas a diferentes condições hídricas. O ensaio foi implantado em casa de vegetação, em três condições hídricas (turno de rega), com as pimentas Malagueta e Dedo-de-Moça. A supressão da irrigação se deu a partir dos turnos de rega 0, 4 e 8 dias, por dois ciclos na fase reprodutiva. Desde a fase vegetativa, os vasos foram irrigados seguindo os turnos de rega. Ao início de cada ciclo, os vasos foram colocados na capacidade de campo, iniciando o tratamento de supressão da rega, contando a partir do dia seguinte. Para o segundo ciclo, foi feito o mesmo procedimento. Foram avaliados o conteúdo relativo de água (CRA) e os dados biométricos (altura e massa seca da parte aérea). Os resultados obtidos em ambas as espécies para os dados biométricos, Dedo-de-Moça (Capsicum baccatum) e Malagueta (Capsicum frutescens), na fase reprodutiva, não apresentaram variações significativas em relação aos dados biométricos. Considerando o conteúdo relativo de água (CRA), para a pimenta Malagueta, verificou-se que houve diferença significativa entre os turnos de rega, sendo que as médias do turno de rega de 4 dias não diferiram do CRA das plantas mantidas em capacidade de campo. Para as plantas do turno de rega de 8 dias, houve diferença significativa tanto para o controle quanto para o turno de rega de 4 dias. Para as plantas Dedo-de-Moça, não houve diferenças significativas do CRA para nenhum dos turnos de rega observados.
Avaliação da eficiência de fungicidas para o controle do fungo Colletotrichum truncatum agente etiológico da Antracnose da soja
(2023-06-20) Oliveira, Luanna Ingrid Samantha Machado de.; Marcelo Loran de Oliveira Freitas
OLIVEIRA. L. I. S. M. Avaliação da eficiência de fungicidas para o controle do fungo Colletotrichum truncatum agente etiológico da antracnose da soja. Bambuí: IFMG campus Bambuí, 2023. 31 p. A antracnose da soja, causada pelo fungo, Colletotrichum truncatum, é uma doença foliar que afeta significativamente a produtividade e a qualidade das plantações de soja, várias regiões do mundo e vem causando vários prejuízos, pincipalmente, econômico. O uso de fungicidas é uma das principais estratégias para o controle dessa doença; porém, é fundamental avaliar a eficiência desses produtos no combate ao patógeno, pois nem sempre os produtos têm tanta eficiência como esperamos, por diversos motivos, sejam eles: questões climáticas, de umidade, temperatura ou até mesmo de ambiente. Neste trabalho, foi realizado um estudo para avaliar a eficiência de diferentes fungicidas, com diferentes ingredientes ativos, no controle de Colletotrichum truncatum, através de um bioensaio, utilizando 9 ml de meio de cultura BDA, em placas de petri, com 1 ml do produto de cada tratamento. Fez-se a diluição do produto, em solução estoque, com acetona pura e água destilada e, posteriormente, outra diluição em água destilada pura, para obtenção da solução, a 100 ppm, e adicionando-as às placas ao meio de cultura. Em seguida, as placas receberam o micélio de 5 mm de diâmetro, do isolado, através da repicagem de placas com o isolado de origem, vedadas com plástico filme e levadas para a B.O.D, a 25° C. As avaliações foram iniciadas no dia seguinte, com o uso de um parquímetro digital, medindo o eixo x e y, sendo realizadas a cada 24h, até que a testemunha tomasse toda a placa. As avaliações duraram 11 dias. Os dados foram analisados pelo sistema sisvar, através do teste de Scott Knott a 5% e as médias, pelo IVCM – índice de velocidade de crescimento micelial. Após a análise de dados, verificou-se que o produto Score flexi foi o mais eficiente para o controle do isolado. Por não ser um produto registrado para antracnose da soja, sugeriu-se que estudos fossem feitos para que se comprovasse o motivo de os produtos não registrados serem mais eficientes que os registrados, visando fornecer informações úteis para a tomada de decisões sobre o manejo da antracnose da soja.
Uso e extrato de algas na produção de mudas de maracujá.
(2023-06-21) Pereira, Diego de Miranda; Doutora Ana Cardoso Clemente Filha Ferreira de Paula; Mestranda Julimara dos Reis Oliveira Alves
O Brasil é o maior produtor mundial de maracujá, devido às condições climáticas favoráveis para a produção, bem como pela alta aceitação do fruto. A cultura do maracujá possui grande importância socioeconômica, sendo cultivada principalmente por pequenos produtores. Assim, está estritamente ligada à agricultura familiar, que preza pela sustentabilidade e, por sua vez, gera empregos e renda. Os pomares comerciais são implantados, utilizando mudas de propagação por sementes, devido à facilidade de obtenção e multiplicação. Diante disso, os bioestimulantes mostram-se como uma alternativa importante para o desenvolvimento de mudas de qualidade, visto que a muda é o principal insumo da produção. O experimento foi conduzido em casa de vegetação do IFMG Campus-Bambuí, sendo utilizadas sementes de maracujá da cultivar BRS Gigante Amarelo F1, cultivadas em bandejas de isopor, com substrato Maxfertil, enriquecido com 6 kg.m - ³ de Lithothamnium calcareum, sendo irrigadas diariamente. Um total de 120 mudas foram transplantadas para bandeja plástica, com 24 células, e colocadas em sistema floating contínuo, com quatro tratamentos nas doses de três, seis, nova e12 mL.L-¹, e o controle, contendo apenas água. As variáveis analisadas foram: altura da planta, tamanho da terceira folha e quantidade de folhas, de cinco em cinco dias, e a solução foi completada de três em três dias, recompondo os 10 litros de água com bioestimulante, na respectiva dose. Mudas foram coletadas para determinação da massa seca de raiz e parte aérea. As amostras foram trituradas para realização de análise de açúcares totais. As análises estatísticas foram realizadas por meio do Software R. Para comparação das médias dos tratamentos, foi feito o Teste de Tukey, com nível de significância de 5%. Não foram verificadas diferenças significativas para as variáveis altura, número de folhas, comprimento de terceira folha e comprimento de raiz. Entretanto, para a massa fresca e seca da raiz e da parte aérea, bem como os conteúdos de açúcares totais, apresentaram diferenças significativas, considerando a época das coletas e as doses do extrato de algas utilizado.
Uso de extrato de algas na produção de mudas de maracujá
(2023-06-21) Pereira, Diego de Miranda; Ana Cardoso Clemente Filha Ferreira de Paula; Julimara dos Reis Oliveira Alves
O Brasil é o maior produtor mundial de maracujá, devido às condições climáticas favoráveis para a produção, bem como pela alta aceitação do fruto. A cultura do maracujá possui grande importância socioeconômica, sendo cultivada principalmente por pequenos produtores. Assim, está estritamente ligada à agricultura familiar, que preza pela sustentabilidade e, por sua vez, gera empregos e renda. Os pomares comerciais são implantados, utilizando mudas de propagação por sementes, devido à facilidade de obtenção e multiplicação. Diante disso, os bioestimulantes mostram-se como uma alternativa importante para o desenvolvimento de mudas de qualidade, visto que a muda é o principal insumo da produção. O experimento foi conduzido em casa de vegetação do IFMG Campus-Bambuí, sendo utilizadas sementes de maracujá da cultivar BRS Gigante Amarelo F1, cultivadas em bandejas de isopor, com substrato Maxfertil, enriquecido com 6 kg.m - ³ de Lithothamnium calcareum, sendo irrigadas diariamente. Um total de 120 mudas foram transplantadas para bandeja plástica, com 24 células, e colocadas em sistema floating contínuo, com quatro tratamentos nas doses de três, seis, nova e 12 mL.L-¹, e o controle, contendo apenas água. As variáveis analisadas foram: altura da planta, tamanho da terceira folha e quantidade de folhas, de cinco em cinco dias, e a solução foi completada de três em três dias, recompondo os 10 litros de água com bioestimulante, na respectiva dose. Mudas foram coletadas para determinação da massa seca de raiz e parte aérea. As amostras foram trituradas para realização de análise de açúcares totais. As análises estatísticas foram realizadas por meio do Software R. Para comparação das médias dos tratamentos, foi feito o Teste de Tukey, com nível de significância de 5%. Não foram verificadas diferenças significativas para as variáveis altura, número de folhas, comprimento de terceira folha e comprimento de raiz. Entretanto, para a massa fresca e seca da raiz e da parte aérea, bem como os conteúdos de açúcares totais, apresentaram diferenças significativas, considerando a época das coletas e as doses do extrato de algas utilizado.
Desenvolvimento inicial do cafeeiro (Coffea arabica L.) transplantado em campo, com e sem sacolas de polietileno.
(2023-06-21) Silca, Maria Eduarda Augusta.; Fábio Pereira Dias
A implantação da lavoura cafeeira é uma etapa de extrema importância e requer cuidados que influenciam diretamente no desenvolvimento inicial e longevidade da planta, podendo determinar o sucesso da lavoura. O transplantio, na grande maioria das vezes, é realizado com mudas produzidas em sacolas de polietileno, conhecidas popularmente como saquinhos. Neste momento, tradicionalmente, recomenda-se a retirada deste saquinho, essa prática requer cuidados para que não ocorram injúrias no sistema radicular das mudas. Entretando, cada vez mais, têm surgido iniciativas no sentido de realizar o transplantio sem a retirada do saquinho, visando maior rendimento e redução do risco de danificação do sistema radicular por destorroamento da muda. Neste sentido, o presente estudo objetivou avaliar o desenvolvimento inicial de plantas de cafeeiro, plantadas em campo com e sem saquinho. O experimento foi conduzido em uma área do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais (IFMG) – Campus Bambuí, no qual foi adotado delineamento em blocos casualizados (DBC), constituído de doistratamentos, caracterizados pela utilização de mudas plantadas com e sem saquinho e 10 repetições, totalizando 20 parcelas, com 120 plantas ao todo. As plantas de cafeeiro foram submetidas à avaliação seis meses após o plantio. Os dados das variáveis avaliadas foram submetidos à análise de variância (ANOVA) pelo teste F, ao nível de 5% de probabilidade. Os resultados obtidos mostraram que não foram observadas difereças significativas para as características avaliadas, sendo elas altura das plantas, número de pares de folhas, número de ramos plagiotrópicos e porcentagem de plantas vivas.

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