Licenciatura em Física
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Navegando Licenciatura em Física por Autor "Doutor José Hilton Pereira da Silva"
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- ItemA matemática como linguagem estruturante do conhecimento físico: abordagens históricas(2024-09-04) Moreira, Helias Alves.; Doutor José Hilton Pereira da SilvaNo cenário atual do conhecimento físico, é praticamente impossível elaborar um modelo teórico, com foco fenomenológico, sem a utilização de uma linguagem matemática. Isso indica que houve transformações que alçaram a Matemática a este posto de uma linguagem que estrutura o pensamento sobre os fenômenos físicos. Para tanto, é crucial investigar o progresso do pensamento físico por meio de registros históricos que nos permitam identificar indícios desses eventos transformadores que não apenas tornaram a Matemática uma linguagem, mas também levaram à matematização da Física. Nisto, o objetivo do trabalho foi destacar esses eventos transformacionais e, além disso, extrair a progressão da função da Matemática na Física, em que o papel quantitativo e enigmático é substituído pelo papel de modelagem e estruturação. O aspecto metodológico foi baseado na pesquisa bibliográfica de textos que exploraram e descreveram a evolução do pensamento físico e, sobretudo, a evolução da relação entre a Física e a Matemática, focando no processo de inserção e adaptabilidade da Matemática como linguagem estruturante do conhecimento físico. Dessa maneira, foi possível traçar linhas de análise, ainda que simplificadas, sobre fatores que contribuíram para essa transformação. A análise indicou que a prática de matematizar tem início com as ideias pitagóricas, em que a Matemática era vista como mais um aspecto enigmático do que uma linguagem. Ainda na Grécia, é possível destacar a figura de Arquimedes como alguém que utilizou da linguagem matemática muito mais próximo da ideia de uma linguagem estruturante para a Física, do que os demais pensadores. Contudo, é com Galileu, quando ele apresenta um método de fazer Ciência, que a Matemática é certificadora e tem a capacidade de descrever os fenômenos físicos. Newton aumentou este aspecto quando desenvolveu conceitos matemáticos específicos para explicação de fenômenos naturais. No entanto, os fenômenos eletrodinâmicos, e parte dos fenômenos termodinâmicos, demandaram um novo enfoque, e o resultado disso foi o aumento da matematização da Física, principalmente após o desenvolvimento da Mecânica Analítica. O início da matematização da matéria, que culminou na Física Moderna altamente matematizada, fez com que a modelagem matemática assumisse uma importância tal qual a observação empírica para a descrição dos fenômenos naturais. A matemática parece ter a capacidade de descrever e simbolizar os fenômenos físicos, além de ser uma via que interliga a fronteira entre o real e o abstrato. Entretanto, isso não significa que o racionalismo matemático seja capaz de descrever de forma direta um fenômeno, mas sim que a linguagem matemática tem um caráter estruturante baseado em um raciocínio que a fundamenta.
- ItemAnálise da representatividade feminina no corpo docente de Física do IFMG(2024-08-30) Silva, Crislânia Rodrigues da.; Doutor José Hilton Pereira da SilvaA baixa representatividade feminina na Ciência tem sido objeto de discussões e pesquisas em nível mundial, gerando preocupações no campo científico. A Ciência, historicamente marcada pela predominância masculina, reflete essa desigualdade de forma mais acentuada na área da Física. Essas observações nos levaram a alguns questionamentos que compõem a problemática deste trabalho, como: “Quantas professoras de Física há no IFMG? Quais são suas formações?”. Com base nesses e outros questionamentos, o principal objetivo deste estudo foi determinar o número total de professoras efetivas de Física no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais (IFMG) e analisar seu percentual em relação ao total de professores e investigar o perfil acadêmico dessas docentes. Para isso, adotamos uma metodologia de abordagem qualitativa. Inicialmente, realizamos uma busca no Google Acadêmico sobre a temática das mulheres na Ciência e na Física, utilizando palavras chave como: “mulheres na ciência”, “mulheres na física”, “formação de professores de física”, entre outras. Em seguida, buscamos informações nos sites dos campi do IFMG para identificar os docentes efetivos de Física atuantes nessas unidades. Para os campi em que essas informações não estavam disponíveis, fizemos solicitações formais, por meio de e-mail, enviadas à Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (PROGEP), que, posteriormente, encaminhou os pedidos às Coordenadorias de Gestão de Pessoas (CGP) dos 18 campi do IFMG. Dessa forma, conseguimos levantar o número de docentes efetivos atuantes na área de Física no IFMG. Após identificar o número de docentes, efetuou-se a classificação destes por sexo. Em seguida, coletamos informações sobre cada um desses docentes, como formação acadêmica, titulação e área de especialização a partir de seus perfis na Plataforma Lattes. Os dados foram organizados em tabelas e gráficos, permitindo uma análise à luz da bibliografia adotada no referencial teórico. Com o levantamento realizado nos 18 campi do IFMG, identificamos um total de 60 docentes efetivos de Física, dos quais apenas 15% são mulheres, correspondendo a nove professoras. Esse dado revela uma baixa representatividade feminina no orpo docente de Física do IFMG, embora essa proporção esteja dentro da média observada em outras instituições, tanto nacionais quanto internacionais. Apesar do número reduzido de mulheres, a maioria delas possui doutorado (89% das docentes), e as restantes (11% das docentes) estão em processo de finalização. Esses e outros resultados nos proporcionaram uma melhor compreensão do contexto das professoras de Física no IFMG.